O ex-conselheiro do Tribunal de Contas e ex-governador, Júlio Campos (DEM), afirmou hoje que vai manifestar total apoio a candidatura do prefeito tucano de Cuiabá, Wilson Santos, no bloco DEM-PSDB. Em entrevista ao
Olhar Direto, Campos desmentiu os boatos que corriam nos bastidores de que não concordava com a aliança e não iria subir no palanque do tucano.
“Não é uma questão de querer ou não. Pertenço ao DEM e se a sigla decidiu caminhar junto no mesmo projeto eu também vou”, declarou Júlio Campos lembrando ainda que em ambas pesquisas realizadas – Ibope e Vox Populi – Santos teve vantagem sobre o senador democrata Jaime Campos.
“As pesquisas foram feitas e definiu quem era o melhor para a disputa”, reforçou o ex-conselheiro considerado um dos mais experientes políticos do Estado.
Dois turnos
Júlio Campos, que também foi ex-deputado e senador, e agora é pré-candidato a uma das oito vagas na Câmara dos Deputados, observa que a disputa eleitoral de 2010 será definida em dois turnos. Também considera a eleição uma das mais difíceis da política mato-grossense.
“No cenário temos três candidatos fortes. O vice-governador Silval Barbosa (PMDB), o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) e o empresário Mauro Mendes (PSB), que é um fato novo na política e despertou certo sucesso em 2008”, observa Campos preferindo não citar os candidatos que vão para o embate final.
Júlio fala com experiência de quem já foi derrotado em duas importantes eleições. A primeira, em 98, quando o PFL (atual DEM) uniu-se ao seu ferrenho adversário histórico, o PMDB, na tentativa de derrotar o PSDB, cujo comandante maior era Dante de Oliveira. Naquela conjuntura, o eleitorado mato-grossense não deglutiu a união PMDB- PFL e Campos foi derrotado mesmo tendo começado aquele processo eleitoral com 67% das intenções de votos.
O mesmo ocorreu com Campos em 2008, quando perdeu as eleições para Murilo Domingos (PR), em Várzea Grande. Isso porque o democrata se aliou ao deputado estadual Maksuês Leite (PP) na tentativa de angariar votos na cidade.
