O ex-governador Blairo Maggi (PR), candidato ao Senado, se reuniu neste domingo (11) com Moisés Sachetti, na tentativa de acalmar os ânimos e evitar que o “aliado” deixe a sigla republicana para aderir ao projeto da candidatura do ex-correligionário Mauro Mendes (PSB) ao governo do Estado. Apesar de já ter formalizado o pedido de desfiliação, no último dia 9, Sachetti já revê sua decisão e pediu o prazo de uma semana para informar se vai realmente permanecer ou não, no PR.
A cúpula republicana articula de todas as formas para tentar convencê-lo a rever a decisão. Conforme informações obtidas pelo
Olhar Direto, as pressões externas e internas devem fazer com que o produtor rural volte atrás, apesar de demonstrar claramente a grande mágoa com os republicanos por ter sido preterido para os cargos de suplência pelo “Movimento em Primeiro Lugar”.
Com perfil do setor do agronegócio, o nome de Sachetti chegou a passou por análise e, inicialmente, o acordo era para que ele ocupasse o cargo de suplente do deputado federal Carlos Abicalil (PT), que disputa uma das duas cadeiras do Senado.
Porém, a vaga ficou para o empresário Altevir Magalhães, diretor-presidente do Supermercado Modelo. Dessa forma, Sachetti, que respondia pela vice-presidência do diretório estadual do PR, preferiu “abandonar” os republicanos e sinaliza que vai caminhar ao lado do empresário Mauro Mendes, nas eleições de outubro.
Sachetti assumiu a presidência do partido após Maggi deixar o comando e enfrentou momentos de crises sem precedentes, quando o ex-governador anunciou que não disputaria a eleição em 2010. Sempre aliado de Blairo, o empresário enfrentou fortes pressões e acabou sendo substituído pelo deputado federal Wellington Fagundes (PR) na presidência.
Ele também foi presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e chegou a ensaiar uma disputa para deputado federal em 2006, mas recuou diante de apelos, inclusive de Maggi. Sachetti, na eleição de 2008, foi um dos responsáveis pela candidatura de Mendes à Prefeitura de Cuiabá e também defendia o nome do empresário para a disputa ao governo este ano.
