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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Quem diria, Nossa, Nossa! de Michel Teló até em Cuba; assim eu é que me mato

Foto: Lucas Bólico - OD

Quem diria, Nossa, Nossa! de Michel Teló até em Cuba; assim eu é que me mato
Na década de 1970, o governo cubano transformou o antigo palácio presidencial de Havana no Museu da Revolução. Lá, encontram-se os registros mais importantes do regime cubano e da história política do país, antes e depois de 1959 – ano da revolução. Mas não só isso. Ao entrar em uma sala de espelhos, na qual jovens ensaiavam um desfile, o que escuto? “Nossa, nossa, assim você me mata...”. Ele mesmo, Michel Teló saindo das caixas de som. ‘Até aqui? Assim eu é que me mato’.


Já estava quase completando 48 horas consecutivas sem escutar um só acorde de sertanejo universitário, proeza que hoje em dia só se consegue fora do país, quando a melodia me toma de assalto ou ouvidos. Mas não é só Teló que faz sucesso por aqui. Uma cubana me conta que tem CDs Exaltasamba, Só Para Contrariar e Paula Fernandes. “Gosto mais de Extaltasamba”, revela antes de cantar o trecho de uma música que não conheço.

Casa de shows cubanos voltadas para turistas tocam os ritmos tradicionais do país e também bossa nova e jazz. Mas não é este o som que toca nas boates e nos bairros de Havana, onde circulam os moradores da cidade. O que agrada os ouvidos da nova geração é o reggaeton, musica originária da Costa Rica, com elementos semelhantes ao tecnobrega paraense. O ritmo é executado por artistas cubanos e latinos em geral.

Essa lógica se repete em qualquer canto do mundo. Em Cuiabá, por exemplo, mostra-se para os turistas o Siriri, o Cururu e o Rasqueado. Mas, o que se escuta circulando pelos bairros e bailes na região metropolitana – se falando em produção local – é o Lambadão, ritmo com raízes paraenses, mas nascido em Poconé em meados dos anos 1990. Fora a música local, o que e ouve é sertanejo universitário, pagode romântico, funk etc.

Museu da revolução

Voltando a falar do Museu da Revolução, ele se destaca por ser uma imponente e conservada construção entre os prédios decrépitos de Havana. Centenas de turistas circulam diariamente pelo local, que está parcialmente em reforma.

Documentos, fotos, estátuas e roupas da revolução estão expostos. Na escadaria frontal do que foi sido o prédio presidencial de Cuba antes da revolução ainda é possível encontrar buracos de bala nas paredes de mármore, lembrança de uma tentativa frustrada de golpe de estado feita antes da revolução. Na ocasião, Fulgêncio Batista fugiu por uma porta secreta.

Além da passagem oculta de Batista, o museu revela a antiga sala do presidente, com os objetos usados por ele até os últimos dias de seu governo. A cadeira, a mesa, o telefone dourado e o banheiro ainda estão lá. A imagem de Fulgêncio também está registrada em forma de caricatura em uma das paredes com um agradecimento. “Obrigado cretino, por ajudar-nos a fazer a revolução. No quadro de cretinos ainda estão os ex-presidentes americanos Ronald Reagen e George Bush pai e filho.
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