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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Vídeo mostra início da ação policial que feriu crianças e idosos em Cuiabá

Foto: Lucas Bólico

Vídeo mostra início da ação policial que feriu crianças e idosos em Cuiabá
Um vídeo (veja abaixo) gravado por moradores da ocupação do bairro Humaitá, na região do Coxipó da Ponte, em Cuiabá, revela o início da ação policial que feriu cerca de 15 pessoas, entre crianças, mulheres e idosos.


As imagens cedidas ao Olhar Direto revelam que os moradores tentaram fazer uma barreira física com pneus e cavaletes e uma barreira humana para evitar a desintrusão da área.

O vídeo mostra também que a polícia retirou a barreira de paus e pneus sem maiores dificuldades. Para afastar os moradores, a PM utilizou gases de efeito moral. As imagens se encerram com um close em uma arma com munição não letal, mas não mostram o momento em que os disparos foram feitos.

Além da reclamação de abuso de poder e violência, os policiais falharam ao participar da ação sem a autorização do comitê de conflitos agrários, grupo ligado à Casa Civil. De acordo com o secretário-chefe da pasta, somente este fato pode render punição aos PMs.

A área começou a ser ocupada há pelo menos três anos. O casal Odete de Jesus, 53, e Irineu Ramiro, 50, estava no local há um ano e meio. Eles contam que, assim como todos os outros retirados, não têm nada. “Tudo que me sobrou está aqui”, afirmou Ramiro ao tirar do bolso um adaptador de tomada do tipo “te”.

Um garoto de 9 anos, identificado como Raian, guarda nas pernas hematomas de golpes de cassetete. “Eles [policiais] me pegaram pelo pescoço e me jogaram no chão, ai eu chamei o [meu amigo] Júlio. Ai eles me bateram com o cassetete”, relembra. “Eu tenho medo da polícia", concluiu, mostrando as marcas da agressão.

O idoso Gilbeto Floriano da Silva, 67, levou um tiro de bala de borracha na nádega direita e teve a barriga pisoteada por policiais –a marca da pegada ainda está na camiseta, impressa na altura da barriga.

Governo remedia situação

Após reunião com integrantes da ocupação, o secretário José Lacerda afirmou que o governo dará todo o suporte para as famílias que agora se encontram desabrigadas. Eles estão sendo remanejadas para uma igreja que fica nas proximidades da ocupação.

Além disso, o secretário da Casa Civil solicitou que a Defensoria Pública faça o levantamento dos papéis da área, para ver se é possível fazer a regularização fundiária do local. Os defensores Air Praeiro e Munir Arfox contestam parte da documentação utilizada como base na ação judicial que culminou na reintegração de posse.

Outro lado

O requerente da área é José Pedro Gonçalves. Em entrevista por telefone ao Olhar Direto, o advogado de Gonçalves, Jesuíno de Farias, afirmou que acompanhou toda a ação com oficial de justiça e negou que tivesse algum morador no momento.

De acordo com Farias, estavam sendo construídas algumas casas no local e no momento em que os oficiais chegaram, os moradores apareceram e iniciarm o confronto, colocando crianças na frente da polícia para formar uma espécie de barreira humana.


Veja o vídeo abaixo

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