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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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Coordenador da “Operação Aprendiz” diz que mandados de prisão não estão descartados

Foto: Jardel P. Arruda - OD

Coordenador da

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O coordenador da “Operação Aprendiz”, promotor Marcos Regenold, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), afirmou que será avaliada a necessidade de novos mandados de busca e apreensão, bem como disse não estar descartado o pedido para mandados de prisão.


Leia mais: Gaeco deflagra operação contra desvio de verba na Câmara e faz busca e apreensão na casa de João Emanuel

“Ainda vamos avaliar a necessidade de novos mandados de busca e apreensão. Depende das informações que obtidas com as provas coletadas”, disse o promotor, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (28). “Não, não estão descartados”, limitou-se a comentar ao ser questionado sobre a possibilidade de serem requeridos mandados de prisão.

O Gaeco coletou provas em sete locais (haviam oito mandados, mas um não foi cumprido porque o alvo havia mudado de endereço recentemente), durante toda manhã de quinta, que serão catalogadas e analisadas minunciosamente. O material coletado será adicionado a um rol de provas que já foram produzidas com a chancela da Justiça.

Para o promotor Marcos Regenold, a “Operação Aprendiz” é uma das ações do Gaeco que coletou um os mais robustos conjuntos de provas contra os investigados. “As provas são uma das mais fortes que já coletamos”, disse o coordenador da operação. Tudo foi reunido em dois meses de investigação, com a participação de mais 10 promotores, sendo seis do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e outros quatro do Núcleo de Patrimônio Público.

O Esquema


De acordo com as investigações do Gaeco, João Emanuel estaria envolvido em um esquema de “grilagem”. Ele falsificaria documentos públicos de imóveis e os utilizava como garantia para agiotas, a fim de captar recursos para campanha eleitoral de 2014, na qual concorreria ao cargo de deputado estadual.

Os proprietários dos terrenos seriam pagos com ofertas de participação em processos licitatórios fraudados na Câmara Municipal. A gráfica Documento é um dos empreendimentos com participação suspeita em licitações. A empresa venceu o pregão presencial 015/2013 e firmou o contrato 001/2013, o primeiro da atual gestão de João Emanuel. A favor da empresa foram empenhados mais de R$ 1,6 milhão para prestação de serviços gráficos e fornecimento de material de expediente para escritório.

João Emanuel já foi acusado de participar de esquemas de grilagem em 2011 e 2012, em um esquema que contaria com apoio de advogados e cartórios. Na época, o caseiro Miguel Vieira, que morava e cuidava de uma área da Certa Empreendimentos Imobiliários Ltda, afirmou ter sido “perseguido” pelo vereador para passar a posse do terreno em troca de casas populares e benefícios da Prefeitura de Cuiabá.

Vieira acabou tendo que se ausentar do local com a família para realizar um tratamento de saúde em São José do Erval (RS) e lá ficou sabendo que a área havia sido invadida por terceiros. A disputa pelo terreno então foi parar na esfera judicial, onde o grupo ligado a João Emanuel Moreira Lima e seu irmão, o advogado Lázaro Moreira Lima, usou a matrícula de outro imóvel para tentar colocar o terreno, avaliado em R$ 45 milhões, sub judice. Já naquela época era ventilado que os terrenos eram usados como garantias para financiamentos. (Leia mais AQUI)

Ano turbulento

Ser alvo da operação do Gaeco é mais um dos problemas enfrentados pelo vereador João Emanuel no decorrer do segundo semestre de 2013. Em setembro parlamentar foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por participar de um suposto esquema de vendas de sentença organizado para conseguir a soltura de narcotraficantes internacionais da família Pagliuca.

De acordo com a denúncia do MP, o vereador era a mente pro trás das ações do estudante de direito Marcelo Santana para tentar cooptar o assessor da Vara do Crime Organizado para redigir uma minuta de decisão favorável à liberação da família Pagliuca. Interceptações telefônicas comprovariam a participação de João Emanuel, que na época dos fatos ainda era candidato a vereador. (Leia mais AQUI)

Em agosto e setembro, o vereador protagonizou uma luta judicial para se manter como presidente da Câmara. João Emanuel enfrentou um pedido de afastamento por conta de quebra de decoro assinado por 16 vereadores, que em uma sessão sem energia elétrica nem notas taquigráficas, ratificaram a proposta. O caso foi parar na Justiça e, depois de muitas liminares, sendo presidente em sessão sim, sessão não, o parlamentar conseguiu se estabilizar novamente no cargo após selar as pazes com a base governista. 
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