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Sábado, 27 de abril de 2024

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ENCLAUSURADO

João Emanuel se vê vítima de complô e somente defesa é quem vai se manifestar sobre o campo de suposta ‘venda de sentença’

Foto: Walter Machado / Câmara Cuiabá

João Emanuel se vê vítima de complô e somente defesa é quem vai se manifestar sobre o campo de suposta ‘venda de sentença’
Jurando inocência e considerando-se vítima de um “complô político e jurídico”, o presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), decidiu não responder à suspeita, levantada pelo Grupo Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual, sobre sua suposta participação em ‘venda de sentença’. 


Leia mais: Defesa de João Emanuel nega crime, vê falha em investigação e cita que cliente pode ser apenas testemunha

MP denuncia João Emanuel e mais nove por compra de sentença que soltou narcotraficantes internacionais

“Eu sei que sou inocente e não tenho dúvida de que sou vítima de um ‘complô político e jurídico’ sem precedentes. Mas devo dizer que sequer fui notificado. Então, formalmente, nem sei do que estou sendo acusado. E, agora, deixo essa tarefa para a minha defesa”, avisa ele, através da assessoria, na única manifestação direta sobre o tema.

Todavia, João Emanuel não apontam a origem nem quais pessoas seriam autoras da manipulação de tal complô para prejudicá-lo.

O advogado Eduardo Mahon, responsável pela defesa de João Emanuel, já havia manifestado, em entrevista para a reportagem do Olhar Direto, que a denúncia do Ministério Público não tem fundamento.




Nesta segunda-feira 30, Eduardo Mahon deve agir “de ofício”, na defesa do cliente, sem esperar a notificação do MPE. “Aviso que seque iremos esperar a citação do vereador João Emanuel. Vamos buscar conhecimento dos autos para preparar a defesa”, antecipara Eduardo Mahon.


O defensor de João Emanuel chegou a levantar a suspeita de que o MP tenha desrespeitado a indivisibilidade da ação penal. Todavia, a manifestação formal só será feita após conhecimento completo dos autos.


Entenda o caso


O Gaeco do MPE denunciou João Emanuel Moreira e mais nove pessoas no episódio conhecido como ‘Caso Pagliuca’, por entender que há envolvimento em atos de corrupção para compra de decisão judicial para a soltura de traficantes da família 'Pagliucas'.

Na denúncia contra o presidente da Câmara de Cuiabá, constar ser ele quem supostamente comandava as ações do estudante de direito Marcelo Santana, já denunciado pelo MPE em abril deste ano, por tentar cooptar o assessor da Vara do Crime Organizado para que redigisse minuta de decisão favorável à soltura dos traficantes da família 'Pagliuca'.

A participação de João Emanuel, que na época dos fatos era candidato a vereador, teria sido comprovada por meio de interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal, entregues ao Gaeco. Ele e os demais vão responder por corrupção ativa.

O chamado ‘Caso Pagliuca’ faz parte das investigações do Gaeco, como desdobramento da 'Operação Assepsia', que investiga indícios de corrupção no Poder Judiciário. A Operação 'Assepsia' foi desencadeada em abril de 2013 pelo Gaeco, com apoio do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Orlando Almeida Perri, e da Vara Especializada em Combate ao Crime Organizado e Crimes Contra a Administração Pública.

Na ocasião, foram expedidos dez mandados, sendo 05 de prisão e 05 de busca e apreensão contra um advogado, um estagiário, um servidor público do Poder Judiciário e dois integrantes de uma organização criminosa atuante no ramo de tráfico de pasta base e cocaína.

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