Critério desconhecidos, obscuros, pequenos privilegiados grandes negócios, esses são alguns dos requisitos para conseguir incentivo fiscal em Mato Grosso. Discussões acaloradas parecendo brigas de moleques por caso de uma bola, chegando a ridícula e já arranhada exposição da casa legislativa na mídia, denotando o nível dos representantes do povo, que legislam em causa própria e de interesses particulares. É uma pena. Se não dizer um absurdo egocêntrico!

Por outro lado os pequenos empresários sofrem o martírio de pesados impostos, não conseguem fazerem parte do seleto “Clube do bolinha”, este, os afortunados milionários, e muitas vezes bilionários que usufruem de camaradagem estatal em deixar de arrecadar bilhões, transferindo este para sua contas pessoais, em detrimento de outros “povo”. Como mera curiosidade basta ver quem figura na lista de agraciados e quem fazem as doações em épocas eleitorais, não vai ser mera coincidência se tais listas forem idênticas.

Enquanto isso, a pirâmide empresarial é sustentada pelas pequenas e médias empresas, tendo no seu ápice os agraciados, esses nada ganham de incentivos, pelo contrário, são fiscalizados de forma voraz, não passando sequer um átomo (Menor partícula) sem ser tributada pelo Monstro Estatal.

Recentemente foi publicada uma lista do “Clube do bolinha” somente com os nomes dos agraciados, mas e os critérios? O benefício social? O total de isenção recebida? Desde quando são agraciados? Quando deixaram de pagar para os cofres públicos? Isso é uma lenda que nós pobres mortais nunca teremos acesso. O princípio da publicidade passa longe de Mato Grosso.

Feliz Maquiavel em rotular o Estado como Monstro, mas esqueceu de dizer que é o homem esse Monstro. Alguns “legisladores-políticos-grandes empresários” conhecem muito bem, pois se personificam dentro do próprio Estado, misturando o público com o privado em pró de seus próprios bolsos, em detrimento de uma sociedades que sofre com o câncer da política de compadres.

Se para o “Clube do bolinha” fica a riqueza, para o povo ruas esburacadas, saúde de péssima qualidade, educação precária, insegurança, superfaturamento estatal, escândalos, medicamentos vencidos, exposição a nível nacional, ufa! Dentre outros e outros... O “Clube do bolinha” não usam o SUS – Sistema Único de Sofrimento, não usam escolas públicas, não precisam de segurança policial, pois vivem em condomínio fechados de alto padrão. É muita ingenuidade pensarem que não sabemos disso.

Assim concluo, “Daí a Cesar o que é de Cesar!” Então dê a Deus toda sua riqueza, e veja se ele vai aceitar. Enquanto buscam a riqueza material, esquecem do mais importante a riqueza espiritual em ajudar os outros. Senhores, a vida é treinamento para algo melhor, não se esqueçam que do pó viemos e a ele retornaremos, de sua riqueza material nada levará, a não ser o seu espírito de ter tido feito tudo para ajudar o seu próximo.


Elvis Crey Arruda de Oliveira – Servidor público estadual e estudante de direito 10º semestre UNIC.