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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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homicídio mercenário

TJMT solta suposto pistoleiro que Filadelfo teria contratado para matar ex-sócio

Foto: Midia News

Desembargador Rondon Bassil Dower Filho

Desembargador Rondon Bassil Dower Filho

A Terceira Câmara Tribunal de Justiça de Mato Grosso deferiu habeas corpus e concedeu liberdade a Josinei Moreira de Araújo, acusado de ter sido contratado pelo empresário Filadelfo dos Reis Dias para executar seu ex-sócio, o empresário Valdinei Mauro de Souza, e Wanderlei Torres, o último da Construtora Trimec.

O habeas corpus foi deferido no último dia 19 de junho. O relator foi o desembargador Rondon Bassil Dower Filho, os demais membros da câmara, desembargadores Juvenal Pereira da Silva e Luiz Ferreira da Silva, acolheram o voto de Rondon.

A defesa de Josinei alegou que o réu não tinha antecedentes criminais, possui residência fixa, família constituída e padece de câncer no fígado. O relator destacou que não foram apresentados fatores que demonstrassem a necessidade de manter o réu sob custódia do estado e por isso decidiu por conceder a liberdade.

Segundo Bassil, não foram “apontados quaisquer elementos que efetivamente demonstrassem que o paciente, em liberdade, estivesse ameaçando testemunhas, familiares.

Homicídio mercenário

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Filadelfo Dias, juntamente com Marcelo Massaru Takahashi, que trabalha para o empresário, teriam contratado Josinei com para realizar um “homicídio mercenário”.

“Revelam os autos que Marcelo era amigo do indiciado Josinei, sendo este pertencente a uma quadrilha fortemente armada e organizada que cometia os mais terríveis crimes nestas terras mato-grossenses e em outros rincões, tendo ficado acertado que a ação criminosa deveria ser empreendida de modo a parecer se tratar de mero crime contra o patrimônio seguido de morte desejava – um homicídio mercenário”, diz trecho da denúncia do MPE.

Consta dos autos que os bandidos contratados pelo empresário obtiveram todas as informações sobre a fazenda e a rotina dos trabalhadores e dos proprietários através do também indiciado Ailson Dias da Paz, que era caseiro da Fazenda Ajuricaba, local onde a tentativa de assassinato aconteceu.

Denúncia

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) ofereceu denúncia contra o empresário Filadelfo dos Reis Dias e Marcelo Massaru Takahashi, diretor financeiro.

Eles são apontados como mandantes da tentativa de duplo assassinato. As investigações apontam que Filadelfo e Marcelo teriam contratado para executarem o crime João Paulo Pereira, Josinei Moreira de Araújo, José de Oliveira Campos, Gelfe Rodrigues de Souza Júnior e André de Souza Neves.

Os dois -André e Gelfe - são apontados como os autores dos 23 disparos efetuados contra a caminhonete Toyota Hilux blindada do empresário.

Operação Tentáculos


A operação Tentáculos foi realizada pelo Gaeco, em conjunto com as 1ª e 7ª Promotorias de Justiça Criminal de Várzea Grande e a Polícia Judiciária Civil. Consta na denúncia, que os acusados teriam em meados de abril de 2012 arquitetado o assassinato dos empresários Valdinei Mauro de Souza e Wanderley Facheti Torres.

Segundo o MP, o caso foi inicialmente investigado como tentativa de latrocínio. No entanto, no decorrer das investigações, o delegado de Polícia Carlos Américo Marchi, com o apoio do Ministério Público, constatou que se tratava de tentativa de homicídio. “Os crimes só não foram consumados porque as vítimas usavam carro blindado, que fora altamente atingido por 23 disparos de arma de fogo”, afirmaram os promotores de Justiça.

Consta na denúncia, que a motivação dos crimes seria uma desavença comercial envolvendo as vítimas e Filadelfo dos Reis Dias, que figura nos autos como mandante dos crimes, referente a uma aquisição de propriedade rural com alto potencial aurífero, no município de Várzea Grande. Segundo os promotores de Justiça, a atuação conjunta entre o Ministério Público e a Polícia Judiciária Civil possibilitou a análise criteriosa das provas produzidas, situação que permitiu acolhimento judicial dos pedidos de prisão e busca e apreensão.
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