Os suspeitos de vender casas do programa Minha Casa Minha Vida e terrenos públicos em Cuiabá serão investigados pelo Ministério Público Estadual e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A prefeitura decidiu acionar o MPE depois que seis foram apontadas como participantes de golpes na capital.

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Na semana passada, quatro pessoas foram presas, dois homens, uma mulher e um adolescente depois de terem invadido residências do Residencial Altos do Parque, conjunto habitacional do Programa Minha Casa Minha Vida.
De acordo com as investigações, suspeita-se que eles invadiam casas já ocupadas, trocavam as fechaduras com o auxílio de um chaveiro e depois as vendiam as residências.

Segundo a polícia informou, o grupo foi descoberto depois de um morador do residencial chegar à sua casa e encontrar uma pessoa no interior. Ele acionou a polícia que a partir da denúncia localizou os demais suspeitos.

A Polícia Militar prendeu Marcelo da Silva, de 30 anos, com ele foram encontrados 23 miolos de fechaduras novas com suas respectivas chaves. À polícia ele afirmou ter recebido R$ 30 para trocar as fechaduras das casas e que as chaves seriam entregues para José Ribeiro, de 53 anos.

Claudia Aparecida Benites, de 39 anos, também foi presa e E.F.B.B, de 17 anos apreendida. Após prestarem depoimento os suspeitos foram liberados. Segundo o secretário de Cidades de Cuiabá, Suelme Evangelista Fernandes, os casos ficaram frequentes, por isso a necessidade de buscar auxílio junto ao Gaeco.

“Residências do Programa Minha Casa Minha Vida e terrenos públicos não podem ser vendidos por terceiros. Quem vende e quem compra está cometendo um crime. A Prefeitura de Cuiabá tem atuado para evitar essas ocorrências, no entanto descobrimos que há pessoas se especializando em aplicar esse tipo de golpe, por isso vamos solicitar ajuda do Ministério Público e do Gaeco”, declarou Suelme.

Regras

Segundo a assessoria de imprensa, para solicitar uma moradia pelo Programa Minha Casa Minha Vida, a família deve possuir renda mensal de até R$ 1,6 mil. Além disso, também são avaliados outros critérios que podem definir a ordem de prioridade para receber o benefício. São eles:

- Famílias residentes em áreas de risco ou insalubres;
- Mulheres responsáveis pelo sustento familiar e de menores de idade;
- Famílias com dependentes portadores de necessidades especiais, idosos e/ou com pessoas portadoras de doenças crônicas.