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Tribunal de Justiça revoga prisão de cabeleireiro acusado de tráfico de ecstasy após 7 meses

24 Jul 2013 - 10:08

Da Redação - Laura Petraglia / Da Reportagem Local - Katiana Pereira

Foto: ILustração

Tribunal de Justiça revoga prisão de cabeleireiro acusado de tráfico de ecstasy após 7 meses
Contrariando o voto do relator, desembargador Luiz Ferreira da Silva, a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso deferiu na manhã desta quarta-feira (24) pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do cabeleireiro Elielson Gonçalves Vieira, preso pela Polícia Federal em 7 de dezembro passado, acusado de tráfico de ecstasy.

Mesmo com voto contrário do relator, os desembargadores Rui Ramos e Rondon Bassil se manifestaram a favor da soltura do cabeleireiro, acatando a defesa feita pelo advogado Marcos Avalone, que alegou que o réu não fere a ordem pública estando em liberdade. "Nessa fase do processo não discutimos provas, mas conseguimos demonstrar que solto o réu não vai afetar o andamento do processo. Ele possui atividade lícita, casa própria nesta cidade, sem antecedentes criminais. Fatos que comprovam que não irá interferir no andamento do processo, que continua respondendo", informou Avalone à reportagem do Olhar Jurídico.

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O advogado informou ainda que será provado, durante o julgamento, a ausência de provas que imputem culpa ao acusado, uma vez que Juracy Campos Júnior teria assumido ser dono da droga, durante audiência de pronúncia.

Na sessão passada da Terceira Câmara Criminal, o julgamento foi adiado após o pedido de vistas do desembargador Rui Ramos, que contrariou o relator e votou pela revogação da prisão preventiva.

O relator do processo, desembargador Luiz Ferreira da Silva, afastou todas as preliminares apresentadas pela defesa e votou pela manutenção da prisão preventiva.

Já o desembargador Rondon Bassil acatou o pressuposto de excesso de prazo e votou pela revogação da prisão preventiva. “Entendo que há sim excesso de prazo. Sete meses é muito tempo para uma pessoa ficar presa, sem indício de que seja um traficante e causar uma despesa de pelo menos três salários mínimos para o Estado. Além do mais, parece que o rapaz prestava um serviço para a sociedade”.

O juiz Onivaldo Budny, da 9ª Vara Especializada de Delito Tóxico de Cuiabá, já negou o pedido de revogação da prisão preventiva do cabeleireiro Elielson Gonçalves Vieira, do vendedor Renato Braz de Araújo e do auxiliar de escritório Juracy Campos Júnior. Todos foram presos pela Polícia Federal.

Via Sedex

Elielson, Juracy e Renato foram presos após a Polícia Federal rastrear a encomenda, vinda da Capital paulista via Sedex dos Correios, com 239 comprimidos de ecstasy. O destinatário da encomenda era o cabeleireiro, o pacote foi entregue na portaria do Edifício Eldorado, onde o cabeleireiro possui um apartamento. O envelope não tinha remetente.

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