O autor de um dos crimes mais cruéis da cidade de Barra do Garças, nos últimos anos, o vaqueiro Claudio Benitez foi condenado a 16 anos de reclusão, quarta-feira (4), na abertura da segunda reunião ordinária do egrégio Tribunal do Júri Popular da comarca. O julgamento começou por volta das 13 horas e só terminou às 21 horas com os jurados decidindo por unanimidade pela condenação do réu por homicídio duplamente qualificado com motivação torpe em razão de ciúmes e rejeição amorosa. 

E com outro agravante a crueldade. Claudio desferiu 28 facãozadas na ex-mulher Nazaré de Souza e Silva, 30 anos, no bairro São Jose, na frente da filha de sete anos. A denúncia oferecida pelo promotor Wdison Luiz Franco Mendes foi acolhida pela câmara de sentença e a Defensoria Pública teve poucos argumentos na defesa do acusado. O Júri foi presidido pelo magistrado Bruno D’Oliveira Marques.

O homicídio aconteceu dia 26 de dezembro de 2012 quando Claudio inconformado com a separação procurou a esposa tentando reatar o relacionamento e começou uma discussão onde ele atacou a ex com um facão ignorando a presença da filha. Após cometer o crime ele ficou alguns dias escondido no mato e se entregou no dia 1 de janeiro a polícia alegando que estava arrependido.  

Dois filhos adolescentes do vaqueiro lembram que o pai estava com eles e disse que iria atrás da ex-mulher para pegar algumas roupas e a assassinou.  

A segunda pauta do Júri Popular prossegue terça-feira (10.09) com o julgamento do indígena Elvis Presley Parabara Ikare acusado de tentativa de homicídio contra outro indígena. Trata-se de um processo antigo. A defesa do indígena será feita por Rogério Vieira Rodrigues e Cézar Augusto Lima do Nascimento. A promotoria será novamente representada pelo promotor Wdison. O julgamento está previsto para começar às 13 horas (horário de Brasília).