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Filho testemunha

Júri de mulher acusada de mandar matar ex-marido executivo da Friboi começa nesta terça-feira

24 Set 2013 - 10:01

Da Redação - Katiana Pereira / De Barra do Garças - Ronaldo Couto

Júri de mulher acusada de mandar matar ex-marido executivo da Friboi começa nesta terça-feira
Começa nesta terça-feira (24) o júri de Giselma Carmen Campos, acusada de mandar matar o ex-marido, o empresário Humberto de Campos Magalhães, executivo da Friboi morto a tiros em dezembro de 2008. Giselma será julgada no Fórum da Barra Funda, em São Paulo.

Conforme o Olhar Direto já divulgou, o crime aconteceu em São Paulo e repercutiu em todo o país principalmente na região do Araguaia onde o executivo construía um frigorífico na cidade de Bom Jardim-GO, localizada a 32 km de Barra do Garças.

Humberto Magalhães, de 43 anos, era de origem humilde. Começou como açougueiro e virou o maior executivo da empresa. O empresário se casou com Giselma e teve dois filhos: Carlos Eduardo era o mais novo. As brigas constantes do casal levaram ao fim um relacionamento de 20 anos, mas, segundo o filho, Giselma nunca aceitou a separação.

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Giselma viveu durante 20 anos com o executivo. Segundo a polícia, depois da separação, ela passou a planejar o assassinato do ex-marido. O celular do filho mais velho do executivo foi usado no crime. A acusação diz que Giselma entregou o telefone a um pistoleiro.

O assassino ligou para o executivo, dizendo que o filho dele estava passando mal, no meio da rua. Humberto foi até o local e bateu de casa em casa, à procura de notícias do filho. Quando entrou no carro, um motoqueiro se aproximou e depois de uma rápida discussão disparou dois tiros, um dos quais atingiu o executivo.

Em 2011, o 5º Tribunal do Júri de São Paulo condenou Paulo dos Santos e Osmar Gonzaga Lima, que estão detidos, a 20 anos de reclusão. Eles teriam sido contratados para executar Humberto. Como o processo foi desmembrado só agora Giselma sentará no banco dos réus. O irmão de Giselma também é acusado de participar do crime.

O filho de Humberto, Carlos Eduardo, em entrevista ao G1 disse que tem rezado bastante e pedido discernimento para enfrentar o início do julgamento em que será a principal testemunha de acusação contra sua mãe. "Tenho rezado bastante e pedido discernimento neste momento. Estou acreditando que estou fazendo o melhor para o meu pai. Então, isso me ajuda muito".

A morte de Humberto repercutiu no Araguaia onde ele começou a trajetória de sucesso na Friboi atuando na unidade de Barra do Garças onde passou a infância e juventude. Devido a sua atuação, Humberto foi promovido e estava atuando a frente dos negócios da Friboi em São Paulo.

Na cidade de Bom Jardim, o executivo estava construindo um frigorífico cuja obra está interrompida. A irmã dele, Eliene Magalhães, é esposa do prefeito Cleudes Baré.

Ao chegar ao fórum nesta manhã, Carlos Eduardo, nega acusar a mãe pelo crime por interesse financeiro. "Quero dizer que não estou acusando ela de forma alguma de nada. Foi uma investighação feita pelo DHPP (Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa) que concluiu que ela teve participação no caso. Hoje eu estou aqui para defender a memória do meu pai e lutar pelo que eu acredito”, disse Carlos, de 22 anos.

Atualizada às 11 horas

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