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Éder Moraes consegue sustar promissórias de R$ 2,8 milhões trocadas com agiota

03 Out 2013 - 11:30

Da Editoria de Jurídico - Katiana Pereira

Foto: Reprodução

Éder Moraes consegue sustar promissórias de R$ 2,8 milhões trocadas com agiota
O Secretário Institucional do Estado de Mato Grosso em Brasília, Éder Moraes, conseguiu por meio de uma liminar a sustação de protesto de três notas promissórias, que acumulam o montante de R$ 2.807.467,67. As notas foram levadas a protesto no 4º Tabelionato de Cuiabá por Enerildo Motta Ramos, proprietário de uma de factoring na cidade de Várzea Grande.

A decisão, que ainda cabe recurso, do dia 24 de setembro deste ano é da juíza Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva, da Quinta Vara Cível de Cuiabá.

Em defesa, Éder aduziu que foi surpreendido com a intimação do cartório com apontamento da dívida, que são: 175/11091019-3 no valor de R$ 1.200,155,89, vencido em 15/12/2012; 175/11091020-1, no valor de R$ 1.200,155,89, vencido em 15/06/2013 e; 11091021-9, no valor de R$ 407.155,89 vencido em 15/06/2013, todos protestados em 11/09/2013.

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O secretário justificou que Enerildo Motta Ramos é um conhecido dono de factoring na cidade de Várzea Grande e não assinou qualquer contrato com o mesmo que vinculasse os referidos valores às notas promissórias.

Procurado pela reportagem o representante do Estado de Mato Grosso em Brasília preferiu não comentar o assunto e tampouco revelar a procedência da dívida milionária , alegando que o fato é de cunho pessoal e não interfere em sua vida pública. Éder disse ainda que não pensará duas vezes em processar os veículos que levem a tona os percalços de sua vida particular.

Cartas marcadas

Nesta semana Éder Moraes também foi manchete nos noticiários ao ser indiciado pela Polícia Civil por formação de quadrilha, violação de sigilo funcional e falsificação de papéis públicos.

Éder, segundo as investigações da operação “Cartas Marcadas”, seria integrante de um esquema fraudulento que teria desviado cerca de R$ 490 milhões dos cofres do Estado durante o pagamento de cartas de créditos.

No inquérito ficou apurado que o grupo criminoso, composto pelas 20 pessoas indiciadas, causou prejuízo de R$ 493.907.803,08 ao erário público, com a emissão sobrevalorizada de certidões de créditos.

“Eu sou inocente. Vou preparar a minha defesa e isso será provado. Esse assunto é tema requentado. 'Existe algo podre no ar' e as pessoas devem se atentar sobre o real interesse de toda essa situação”, garantiu ao Olhar Jurídico o representante do governador Silval Barbosa em Brasília.

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