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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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PJe-JT: Sala cofre do TRT/MT amplia a segurança dos dados

O TRT/MT colocou em funcionamento uma sala cofre para proteção de dados, que deve ser a única no estado com certificação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), visando aumentar a margem de segurança para o funcionamento do processo judicial eletrônico (PJe).

A sala cofre foi construída com recursos descentralizados (não previstos no orçamento do Tribunal), fornecidos pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e custou cerca 1,3 milhão de reais.

A implantação desta sala-cofre consolida uma política de segurança da informação, que tem fundamento no uso de duas estratégias que se completam: Os “sistemas de tolerância a falhas”, que lida com falhas possíveis, mas sem momento previsto para ocorrer, como cortes de energia ou defeito em um computador, por exemplo. A outra estratégia é o uso de “sistemas de recuperação de desastres”, que visa minimizar a ocorrência de um fato externo imprevisto, como por exemplo, a queda de um poste que danifique a rede lógica de transporte de dados.

A garantia da continuidade do processamento e da armazenagem é baseada nos acumuladores de energia, pois os “nobreaks” do Data Center têm carga maior que a dos equipamentos que processam e enviam informações (computadores dos usuários), assegurando tempo suficiente para a gravação dos dados enviados e o desligamento adequado.

Além do mais, existe no Tribunal um gerador próprio de energia, que é ligado dois ou três minutos após a pane elétrica e que tem autonomia suficiente para garantir por algumas horas o fornecimento.

A sala-cofre

A sala-cofre é um ambiente protegido, tanto do acesso a ela, quanto à segurança dos dados ali armazenados. As paredes são compostas de camadas que incluem chapas de aço, concreto e materiais de isolantes, proporcionando vedação completa do ambiente (estanqueidade), e o piso é elevado para evitar danos causados pela água em caso de alagamento.

O acesso de estranhos é praticamente impossível. Para acessar a porta da sala-cofre é necessário o uso do crachá para adentrar a uma pequena ante-sala. Porém para abrir aporta do cofre o equipamento faz leitura das digitais, e a permissão é dada a um restrito grupo de servidores. Ainda existem câmeras filmagem externa e interna.

Já no interior da sala-cofre existe um dispositivo anti-incêndio com dois níveis de detecção, um que analisa as partículas do ar e detecta qualquer indício de incêndio, e o outro é detector de fumaça. Se ambos confirmam o sinistro, imediatamente é disparado um gás que apaga o fogo imediatamente.

A energia elétrica tem dois pontos de entrada, e os cabos tem origem quadros de energia diferentes. O ambiente é refrigerado por um sistema de ar duplo, sendo que em caso de um sofrer pane, o outro suporta sozinho a necessidade de esfriamento.

Segundo o fabricante, a sala cofre é um ambiente inviolável, testado e certificado que protege a central contra fogo, calor, umidade, gases corrosivos, fumaça, água, roubo, arrombamento, acesso indevido, sabotagem, impacto, pó, explosão, magnetismo e armas de fogo.

Sem desligar

Segundo o servidor da Secretaria de T.I. do Tribunal, Rogério Pimenta, que atua como coordenador do Comitê de Redes do CSJT, transferência dos dados do programa do PJe de homologação, que é usado para treinamento e para testes de novas versões, para os equipamentos da sala cofre, foi feito com sucesso, sem desligamento do sistema.

Essa transferência era necessária, mas serviu também para testar o sistema e comprovar que é possível fazer a migração de programas com o sistema em funcionamento.

Redundância

Para assegurar a continuidade dos serviços, tudo o que envolve o sistema de armazenagem de dados é baseado num sistema de redundância, ou seja, sempre que um equipamento falhar, existe outro semelhante que continua funcionando.

Assim, o conjunto de armazenamento de dados da sala cofre, conta com outro sistema idêntico, que está locado no Data Center da Diretoria Tecnologia da Informação.

Neste Data Center existem dois conjuntos chamados “rack cofre”, que são armários para instalação de computadores em forma de cofre, de acesso bastante restrito, vedação total e com refrigeração própria.

Este Data Center era, até a instalação da sala-cofre, o único ambiente seguro de TI do Tribunal. Ele continuará funcionando como armazenador de todos os dados, assegurando redundância à manutenção das informações mesmo com uma improvável destruição da sala-cofre.
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