O juiz Wagner Plaza Machado Junior negou o pedido de revogação da prisão do empresário de construção civil Sérgio Santos Farias, 40 anos, suspeito de ter atropelado a namorada, a universitária Rayane Francine Maciel da Silva, 20 anos, após uma discussão em Barra do Garças (500 km de Cuiabá) no dia 24 de abril.

De acordo com a polícia, o casal teve uma discussão e no momento que o empresário saiu na camionete acabou atingindo Rayane. A jovem morreu ao dar entrada no Pronto Socorro e foi socorrida pelo namorado.

A família de Rayane não acredita que ela se jogou na frente do veículo e pede justiça para o caso. No pedido para revogar a prisão, o advogado de Sérgio, Reinaldo Leite, tentou argumentar que não há provas de que o mesmo praticou o homicídio doloso ou que tenha tido a intenção de ceifar a vida da vítima. Argumentou ainda que o empresário em momento algum tentou evadir-se do distrito da culpa, apresentando-se espontaneamente à autoridade policial.

Polícia tem indícios para manter preso empresário por atropelamento e morte de namorada

O Ministério Público não só rechaçou a argumentação do advogado do empresário e se manifestou contrário ao pedido da defesa por não ter apresentado aos autos fato novo a ensejar a revogação da prisão. A promotoria ressaltou que o inquérito policial está em fase de conclusão, estando ainda pendente a realização de algumas diligências imprescindíveis para a elucidação das circunstâncias em que o crime ocorreu, demonstrando-se assim ser necessária a manutenção da prisão do requerente.

O juiz decidiu pelo indeferimento do pedido de revogação de prisão temporária de Sérgio vez que não houve alteração fática ou jurídica que embase o pedido apresentado dia 6 de maio. A tendência é que a defesa entre com novo pedido junto ao Tribunal de Justiça.

A Polícia Civil ainda não confirmou que dia irá realizar a reconstituição do acidente. Na quinta-feira da semana passada foi realizada a exumação do corpo de Rayane para verificar se a jovem estava ou não grávida fato que poderia ter motivado a briga do casal e o possível atropelamento.

A prisão temporária de Sérgio está prevista para vencer dia 25 de maio. Os delegados Joaquim Leitão e Débora Cardoso investigam o caso aguardam a reconstituição para decidirem se vão ou não indiciar o empresário e com isso pedir a prorrogação da prisão dele.