Preso desde 20 de maio, o ex-secretário de Estado de Fazenda e da Casa Civil de Mato Grosso, Eder Moraes, aguarda a análise de mérito de cinco pedidos protocolizados junto ao Tribunal Regional Federal (TRF 1ª região) e o Supremo Tribunal Federal (STF). O recesso forense encerra-se em 31 de julho. Até o momento, todas a liminares solicitadas foram negadas já que a  Justiça não vislumbrou elementos para reverter a decisão do ministro Dias Tófolli, que acatou solicitação da Procuradoria da República de Mato Grosso decretando a prisão do mesmo. Sem decisões liminares favoráveis a expectativa é quanto ao julgamento de mérito dos pedidos.

Defesa diz que Eder foi chantageado e pede eliminação de prova sobre falso pedido de prisão

Fábio Lessa, que integra a banca de defesa de Moraes, informou que na primeira setembro, caso não existe nenhuma decisão favorável a seu cliente, se deslocará até Brasília para participar de uma audiência com o ministro Tóffoli.
Segundo ele, já foi demonstrado ao ministro que Eder Moraes não manterá contatos com a esposa, Laura Dias – também denunciada em processo. Por decisão federal, nenhum dos envolvidos pode manter contato. “ Ele irá permanecer em sua casa e a esposa irá para a mãe dela. Quando a decisão foi proferida o desembargador determinou que não houvesse nenhum contato, mas não sabia que se tratava de esposa e marido”.

Ainda segundo Lessa, Moraes é inocente agiu amparado em leis e por decretos. “A Justiça está fazendo o papel dela, mas não existe nada de contundente de que ele cometeu os ilícitos apontados”, citou.

Além de Eder Moraes, respondem ao processo criminal que tramita na 5ª Vara da Justiça Federal, Laura Dias Costa, o ex-superintendente do Bic Banco Luiz Cuzziol e o ex-secretário do Tesouro Estadual, Vivaldo Lopes.

Investigações

Eder Moraes é apontado pela Polícia Federal como sendo um dos principais operadores de um esquema empregado para lavagem de dinheiro beneficiando um determinado grupo político de Mato Grosso.

Em Cuiabá

Moraes está em Cuiabá desde o dia 23 de julho e deverá permanecer no Estado considernado o fechamento do Centro de Custódia da Polícia Federal no Complexo da Papuda, em Brasília, onde permaneceu por 64 dias. Moraes retornou ao Estado com a finalidade de acompanhar as oitivas de testemunhas indicadas pela defesa ao juiz da 5ª Vara Federal da Justiça Federal, mas declinou da possibilidade. Nessa semana foram realizadas audiências nos dias 24 e 25. E nos dias 31 de julho e 1º de agosto outras testemunhas serão ouvidas, totalizando 34.

*Atualizada às 15h07