Uma delegação do Ministério Público Federal está na Suíça para acelerar a repatriação de US$26 milhões. O dinheiro foi enviado a bancos suíços por Paulo Roberto Costa, conforme o ex-diretor da Petrobras confirmou ao MPF na investigação conhecida como caso Lava Jato.

O Ministério Público da Suíça bloqueou os valores desviados por Paulo Roberto Costa ao ter identificada sua origem ilícita. Com base nos processos em andamento no Brasil, o MPF está negociando a aceleração da volta do dinheiro ao Brasil.

Segundo dados do Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça (DRCI), até hoje o Brasil recuperou cerca de R$45 milhões em recursos desviados para o exterior. Por isso, a repatriação em curso pode ser considerada a maior já realizada pelo país.

Além da repatriação, a viagem dos procuradores da República tem três objetivos: identificar outras contas com recursos desviados, obter o bloqueio dos valores nessas contas e rastrear dinheiro que tenha passado por elas.

As informações serão utilizadas nos processos ligados ao caso Lava Jato que tramitam na Justiça Federal no Paraná e no Supremo Tribunal Federal. Os procuradores da República assinaram termo de compromisso de confidencialidade com o MP da Suíça, referente às informações compartilhadas.

Compõem a delegação do MPF o procurador da República no Paraná Deltan Dallagnol, o procurador regional da República Orlando Martello Junior, integrantes da força-tarefa que trabalha no caso Lava Jato, e o procurador regional da República Eduardo Pelella, chefe de gabinete do procurador-geral da República.