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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Audiência de instrução

Assassino confesso de Adriano falta audiência e MP quer condenação por homicídio e roubo

Assassino confesso de Adriano falta audiência e MP quer condenação por homicídio e roubo
O Ministério Público quer a condenação de Alexsandro Abílio Farias, assassino confesso do dono de restaurantes Adriano Henrique Maryssael de Campos, 75, por homicídio e roubo. O vigia de banco matou o empresário há três anos após um desentendimento em uma agência bancária da capital e fugiu do local em uma moto roubada. A audiência de instrução do crime aconteceu na tarde desta quinta-feira (4) sem a presença do acusado, que continua foragido desde o dia do crime.

Réu confesso de assassinato do caso Adriano continua foragido

Juiz ouviu as três últimas testemunhas do caso e deu prazo de cinco dias para alegações finais. A defesa quer retirar a qualificadora para o réu ser julgado por homicídio simples. Caso o juiz não acate, alega que irá recorrer em instâncias superiores, o que pode paralisar o processo.

O advogado ainda Neyman Monteiro impetrou um pedido de revogação de prisão de Alexsandro. Para ele, não há motivos de manter essa medida, visto que o vigia se apresentou expontaneamente a Justiça após e entregou a arma do crime. "A importância da vítima não justifica a prisão preventiva", afirmou. 

As testemunhas ouvidas na tarde de quinta foram Fabrício Fernando Paniago, cuja moto foi roubada pelo réu no momento da fuga, Jackson André, cliente do banco que afirma ter ouvido Adriano ameaçar o vigia do banco, e José Mario Abilio, irmão do réu, segundo o qual, o acusado sempre reclamava do tratamento de Adriano.

O advogado da família de Adriano já foi deferido como auxiliar de acusação.

O caso

Em Junho de 2011, Alexsandro era vigia terceirizado de uma agência bancária e discutiu com Adriano devido a forma com que o empresário o tratava em várias ocasiões. Alexsandro se entregou a polícia cinco dias depois, mas ficou em liberdade devido ao fato de não ter antecedentes criminais.

Ele relatou ao delegado Antônio Carlos Garcia, da DHPP, que estava sendo vítima de discriminação por parte do empresário, cliente da agência, e sempre era insultado. O motivo era a porta giratória, onde o empresário ficava retido. Na saída, o vigia sido insultado com adjetivos como “preguiçoso” e “preto”. Então, sacou o revólver calibre 38 usado no trabalho e atirou três vezes, atingindo o rosto e as costas do empresário, que morreu no local, antes de entrar na porta giratória.

A família de Adriano nunca aceitou a tese de humilhação posta pelo vigia. O restaurante que pertencia ao empresário era especializado em comida italiana, ficava na Avenida Getúlio Vargas, e gozava do prestígio de ser um dos mais tradicionais da cidade. O estabelecimento foi fechado seis meses depois do crime.

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