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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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DECISÃO

Justiça obriga município a cobrar IPTU progressivo de proprietários de terrenos baldios

Foto: Reprodução

Justiça obriga município a cobrar IPTU progressivo de proprietários de terrenos baldios
A Justiça julgou procedente ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) e condenou o município de Cuiabá a elaborar os estudos necessários para identificar os imóveis que deverão incidir o parcelamento compulsório ou IPTU progressivo no tempo. Estão passíveis de tais cobranças os proprietários de terrenos sem edificações, subutilizados ou não utilizado, como terrenos baldios.

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A Lei de Gerenciamento Urbano estabelece que é dever do proprietário ou do possuidor a manutenção adequada de seu terreno. Já o Código de Postura prevê a execução de calçada padrão.

Na sentença, o juiz Rodrigo Roberto Curvo também confirmou liminar concedida ao Ministério Público, obrigando o município a promover a identificação dos proprietários de 159 terrenos baldios existentes na Capital. A administração municipal terá, ainda, que adotar medidas administrativas efetivas e necessárias para garantir a limpeza e a construção de muros e calçadas nos referidos imóveis.

“No prazo de 120 dias, o município também terá que apresentar um plano de arborização pública nas calçadas localizadas nas testadas de todos os terrenos baldios de Cuiabá, incluindo os 159 relacionados na ação”, acrescentou o promotor de Justiça Gerson Barbosa.

Conforme Barbosa, a ação foi proposta após comprovação de que o município não vem exercendo satisfatoriamente sua regular atividade administrativa de polícia. Em algumas situações, conforme o promotor de Justiça, os atuais proprietários dos terrenos sequer são identificados, e antigos proprietários acabam sendo notificados, tornando a ação inócua.

“Ao descurar de sua obrigação legal, permitindo, por negligência (falta de fiscalização eficaz), que a coletividade seja prejudicada, a Administração Pública ilide o direito fundamental ao meio ambiente e referenda a degradação”, ressaltou o promotor de Justiça, em um trecho da ação.

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