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Domingo, 28 de abril de 2024

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VENTRÍLOQUO

Advogado investigado pelo Gaeco repassou R$ 1,5 mi a empresa administrada por esposa

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Advogado investigado pelo Gaeco repassou R$ 1,5 mi a empresa administrada por esposa
O advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, investigado pelo Gaeco em um esquema para desvio de R$ 9 milhões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, realizou pagamentos a  empresa Tauro Motors Ltda, na quantia de R$ 1,5 milhão. Conforme levantamento do Ministério Público, a concessionária especializada em carros importados era administrada por Andrea Boscolo Camargo, esposa do réu. Joaquim é o delator do esquema que deu origem a deflagração da operação Ventríloquo, desencadeada pelo Gaeco em 1º de julho. 

Nos documentos  entregues a magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, dois contratos de empréstimos são identificados no procedimento investigatório do Gaeco. 

O primeiro contrato, firmado no dia 24 de fevereiro de 2014, é valorado na importância líquida de R$ 1 milhão. Andrea Boscolo devolveria o dinheiro em parcelas de R$ 12 mil. “Tal valor compreende os juros remuneratórios propriamente ditos e o valor correspondente a perda do valor monetário periódico, ou seja, da inflação verificada no período”, afirma o documento.






O segundo empréstimo, de menor valor, foi combinado na importância líquida de R$ 500 mil. O contrato, firmado no dia 13 de maio de 2014, seria quitado por Boscolo em parcelas de R$ 6,750 mil. Como garantia o contratante ofereceu um nota promissória no valor do empréstimo descrito.






Ainda conforme o Gaeco, a Tauro Motors, representada por Andrea, teria afirmado que o objeto social da empresa era “a exploração de comércio, importação e exportação de veículos automotores novos e usados; comércio, importação e exportação de equipamentos, peças e acessórios de veículos automotores; serviço de reparos e manutenção de veículos automotores; locação de veículos automotores sem condutor”, justificando os empréstimos.

O Ministério Púbico oferta, como documento anexo, um “canhoto” do cheque emitido na transação envolvendo os investigados. Um comprovante de transferência bancária também faz parte dos autos.

 



Conforme espelho da conta corrente no Banco Safra, o cheque de R$ 1 milhão foi descontado ainda no dia 24 de fevereiro.



Entenda o caso


O então presidente afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PSD) teria determinado o pagamento de dívida na integralidade de R$ 9 milhões em face ao banco HSBC relativa a débitos em atraso da contratação de seguros saúde para os servidores da Casa de Leis desde que metade do montante fosse desviado para o grupo, supostamente, organizado pelo parlamentar. O pagamento da dívida foi efetuado ao advogado Joaquim Fábio Mielle, supostamente em favor do HSBC.


*Atualizada 19h11
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