Olhar Jurídico

Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Criminal

adsolvido

MPE recorre em assassino de Marchetti e diz que mulher foi "plantada" para parecer crime passional

Foto: Divulgação

MPE recorre em assassino de Marchetti e diz que mulher foi
O promotor de Justiça Natanael Moltocaro Fiúza, por meio do Ministério Público Estadual (MPE), recorreu da decisão do Tribunal do Júri que inocentou Anastácio Marafon pelo assassinato do ex-secretário de Insfraestrutura de Mato Grosso, Vilceu Marchetti. Após confessar que matou Marchetti, Anastácio alegou legítima defesa e afirmou que Marchetti havia assediado sua esposa.

Leia mais
Júri de assassino de ex-secretário Marchetti deve se estender pela madrugada

Para o promotor, no entanto, a mulher de Marafon foi “plantada” no local, para parecer um crime passional, visto que o casal trabalhava no local há apenas dois dias. “Com efeito, sabendo-se que a vítima Vilceu, segundo se comenta, gostava de dirigir galanteios a pessoas do sexo oposto, planejou-se a morte da vítima plantando-se uma mulher na cena do crime, de modo a se tentar fazer crer que o crime teria sido praticado por motivos passionais”, afirma o promotor.

Ainda segundo ele, “o conjunto probatório dos autos não deixa qualquer dúvida de que a vítima Vilceu Marcheti foi executada quando se encontrava deitada em sua cama, para o repouso noturno, mostrando-se completamente divorciadas do conjunto probatório dos autos, ambas as versões apresentadas pelo apelado para justificar a execução da vítima”.

O ex-secretário foi assassinado no dia 07 de julho de 2014, por volta das 18h50min, na Fazenda Marazul, situada na localidade de Capoeirinha, estrada de São Pedro de Joselândia, no município de Barão de Melgaço. Foi utilizado um revólver, não apreendido, para efetuar três disparos contra a vítima, produzindo-lhe as lesões corporais descritas no exame de necropsia, as quais, por sua natureza e sede, vieram a causar a morte da referida vítima.

Conforme o promotor, os elementos probatórios carreados aos autos demonstram claramente que a conclusão a que chegou o Tribunal do Júri, em absolver o apelado, por entender que teria ele agido em legítima defesa, defendendo-se de injusta agressão da vítima, mesmo tendo reconhecido a materialidade delitiva e que o apelado foi o autor dos disparos que deram causa a sua morte, contraria manifestamente as provas periciais produzidas, bem como as provas testemunhais colhidas em todas as fases do processo.

De acordo ainda com a necropsia, um dos disparos foi efetuado à distância, outro à curta distância, e o outro na forma de tiro encostado, todos em regiões letais, sendo que a morte de Vilceu se deu por traumatismo crânio encefálico, produzido por instrumento perfuro contundente, qual seja, projétil de arma de fogo.

Em juízo, Marafon afirmou que matou Marchetti para defender-se, uma vez que passava em frente o quarto da vítima, quando este o surpreendeu efetuando um disparo de espingarda, o qual passou rente a sua cabeça, quando então, para defender-se, efetuou disparos contra a vítima, quando esta ainda encontrava-se na porta do apartamento que ocupava, não se recordando quantos tiros desferiu contra a vítima, assim como não sabendo dizer quais foram as partes do corpo da vítima atingidos pelos disparos.

Afirmou ainda que quando disparou contra Marchetti, a vítima estava de pé, na porta do quarto, ainda empunhando a espingarda, tendo ele, apelado, efetuado os disparos por medo de que a vítima, com a espingarda, viesse a efetuar novos disparos contra ele, apelado.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet