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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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operação ouro de tolo

Delator conta que geriu Lar da Criança por 14 meses com contrato de R$ 3 milhões

Foto: Divulgação

Delator conta que geriu Lar da Criança por 14 meses com contrato de R$ 3 milhões
O empresário Paulo Lemes, delator do esquema que culminou na prisão da ex-primeira-dama Roseli Barbosa, do ex-chefe de gabinete Silvio Cezar Correa Araújo, Nilson da Costa e Faria e Rodrigo de Marchi, afirmou em depoimento prestado ao Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco),que o convênio firmado entre a Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) e o Lar da Criança foi feito às pressas. Disse ainda que, sem experiência alguma, ele deveria permanecer  à frente da gestão  por seis meses, mas acabou ficando durante 13 meses, mas recebeu por 14, a quantia de R$ 2.945.772,85. 

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Em oitiva, Paulo diz ter sido procurado pela ex-primeira-dama Roseli Barbosa, que afirmou que a empresa que cuidava do Lar da Criança “não estava dando certo e teria que substituir”. O empresário disse que não tinha interesse, que nunca havia trabalhado com terceirização de mão de obra e que todo o plano de trabalho, quantidade de funcionários foi feito pela Setas.

“Entramos no dia 01/07/2012 e era para ficarmos somente seis meses, mas ficamos 14 meses, saindo em 31/07/2013, sendo que no mês de agosto não estava mais lá, mas foi computado para a prestação de contas”, afirmou o empresário durante a delação.

Ele afirmou ainda que todo o dinheiro que recebeu efetivamente, empregou no Lar da Criança, salvo R$ 78 mil, dividido entre ele, Jesus Onofre da Silva e Karen Rubn. “Esclarece que duas semanas depois recebeu intimações da Receita Federal para pagar imposto de R$ 80 mil, sendo que Jesus e Karen constataram que aquela sobra foi por conta de falta de recolhimento de impostos federais, provavelmente INSS".

Paulo afirmou que nos 13 meses que o Concluir esteve no Lar da Criança, recebeu um total de R$ 2.945.772,85, sendo que dividindo-se por 13 resulta em um recebimento mensal de R$ 226.597,91. Se comparar esse valor mensal com o valor mensal que recebia a empresa anterior e a posterior, poderá concluir que ele recebeu somente os custos e, só para se ter uma idéia, posteriormente a Seligel fez um contrato de seis meses para administrar o Lar. O valor do contrato ficou em mais de R$ 5 milhões.

“Nós só ficamos no Lar porque os demais convênios estavam sendo projetados e se não tivessem ficado no Lar da Criança, receava que não fossem fechados os outros convênios que estavam caminhando lá dentro da Setas”.
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