Olhar Jurídico

Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Criminal

CASO MAIANA

Júri para acusados de matar adolescente de 16 anos é adiado; MPE espera condenação de 33 anos

Foto: Olhar Jurídico

Rogério Amorim, Paulo Ferria e Carlos Alexandre: apontados como assassinos da menor Maiana Mariano

Rogério Amorim, Paulo Ferria e Carlos Alexandre: apontados como assassinos da menor Maiana Mariano

Os réus do caso da adolescente Maiana Mariano (16), assassinada em dezembro de 2011, viram o júri popular, marcado para a próxima quinta-feira (24), ser adiado. Um dos advogados no caso apresentou atestado médico e anova data estabelecida é 5 de outubro. Rogério Amorim, Paulo Ferreira e Carlos Alexandre da Silva são denunciados pelo Ministério Público pela suposta prática dos crimes de homicídio triplamente qualificado e de ocultação de cadáver. A pena para estes delitos varia de 12 a 30 anos e de um a três anos, respectivamente. Portanto, cada um pode pegar até 33 anos.

Leia Mais:
Vara Criminal julga Silval por posse ilegal de pistola calibre 380; pena é de 1 a 3 anos de detenção

Segundo o promotor Vinícius Gaíva, que fará acusação no Júri Popular, eles devem ser condenados. Entretanto, a pena depende da interpretação do Júri: se houve ocultação de cadáver, se é qualificado, quantos qualificadores (motivo fútil, meio cruel, motivo torpe, acobertamento de outro crime, dificultação de defesa), dentre outras variáveis.

Conforme o Ministério Público Estadual, o empresário, e então namorado da vítima, Rogério Amorim, contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre da Silva para executarem a menor. Na ocasião, ela foi atraída para uma embosca numa chácara, onde a mataram por asfixia e, posteriormente, a enterraram na estrada da Ponte de Ferro, cerca de 15 km de Cuiabá, após Rogério confirmar que era mesmo ela.

A ossada só foi encontrada cinco meses após o desaparecimento. Devido aos requintes de crueldade e pela frieza dos acusados, o caso teve abrangente repercussão midiática e grande comoção popular.

Por conta disso, a defesa dos réus chegou a pedir desaforamento de julgamento (fazer com que o julgamento aconteça em outra cidade), alegando que o júri local poderia ser influenciado pelo clamor social. O desembargador Luiz Ferreira da Silva indeferiu a liminar vindicada, alegando que “o crime aconteceu há três anos e que a repercussão midiática do caso, isoladamente, não constitui elemento concreto capaz de justificar” tal pedido.

Caso Maiana

Maiana Vilela, 16, desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Segundo o MPE, Rogério deu um cheque de R$ 500,00 para a jovem descontar. Deste valor, R$ 400,00 seriam destinados ao pagamento de um caseiro de uma chácara, o qual ela seria responsável por fazer.

Chegando ao local, entregou o dinheiro a Paulo, contratado por Rogério para matá-la. Após o assassinato, com o auxílio de Carlos Alexandre, colocaram o corpo em um carro e o levaram até o mandante do crime para que reconhecesse o cadáver e comprovasse que a morte da jovem com quem mantinha um relacionamento extraconjugal era um fato consumado.

Posteriormente, o corpo foi enterrado em uma área afastada, na estrada da Ponte de Ferro. E só foi encontrado pelos policiais cinco meses após o desaparecimento.

Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet