O caso de agressão envolvendo o vereador Marcrean Santos e o líder comunitário José Carlos da Silva ganhou mais um episódio na manhã desta terça-feira, 22, no Juizado Especial Criminal Unificado. Em audiência preliminar, a juíza Lúcia Peruffo, recebeu o exame de corpo de delito, que, segundo Silva, comprova as lesões sofridas durante a briga, iniciada pelo vereador. Depois de analisado, o resultado do documento integrará uma segunda sessão marcada para 17 de novembro, na qual a sentença será deferida. Marcrean nega as acusações e diz que a ação de José faz parte de uma estratégia política

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O advogado de José, Luciano Pedroso, afirma que, mesmo com incontestabilidade dessa prova, eles contarão ainda com o testemunho de pessoas que presenciaram a situação. “Há pelo menos duas pessoas que comprovam a incapacidade de defesa do meu cliente, por conta da estatura pequena. Além disso, ele também foi atacado pelo assessor de Macrean, Elton Santos”.

De acordo com o boletim de ocorrência, o desentidimento começou por conta de uma suposta discussão política. Depois de trocas de provocações verbais, Marcrean teria partido para violência física, agredindo José com socos. Como não se soube quem deu início a confusão, os dois foram parar na Delegacia de Polícia Civil.

O vereador nega as acusações e diz que a ação de José faz parte de uma estratégia política. “Não houve agressão, isso tudo é parte de um jogo político que ele tenta fazer, já que será candidato a vereador no ano que vem. Há muito tempo que ele me persegue”.

O líder comunitário se diz confiante com a resolução do ocorrido, e alega ter esperança na justiça. “Estou confiante que a justiça trará a clareza dos fatos. Não tenho medo da verdade.”

Cassação

Depois da denúncia, cerca de 30 pedidos de cassação ao mandato do vereador foram apresentados à Câmara Municipal de Cuiabá, a maioria por parte de líderes comunitários da Capital. Todos eles serão centralizados em um único processo. José da Silva será ouvido pela Comissão de Ética da Casa às 14h de hoje.

Com relação ao resultado dos processos que podem levar a perda de seu cargo, Santos diz não poder fazer previsões sobre o veredito, mas reforça acreditar na integridade da Comissão.