Segundo a defesa de José Geraldo Riva, o ex-deputado deve prestar esclarecimentos, nesta tarde, 19, sobre o desvio de R$ 2,6 milhões dos cofres públicos. Ele está, desde as 8h da manhã, na sede do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A defesa do ex-presidente da Assembleia Legislativa não comentou nada sobre o caso, se limitou a dizer que está esperando o resultado de um pedido de habeas corpus em favor do ex-parlamentar.

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Além de Riva, o advogado Alexandre Nery, acusado de dificultar a descoberta da verdade durante as investigações, também esteve no local para ser inquirido pelos promotores. Porém, ao sair, às 12h, não deu nenhuma declaração à imprensa.

Nery é acusado de assessorar juridicamente, a mando de Riva, os servidores da AL ouvidos na operação Metástase. Assim, “moldava” um discurso único, a fim de blindar os supostos crimes e dificultar as investigações.

Ao Olhar Jurídico ele afirmou que prestou todos os esclarecimentos necessários ao MPE nessa manhã. "Eu sempre me coloquei à disposição do MPE e nunca fiz nada que não fosse de acordo com a minha profissão, só prestei de serviço para os investigados que me consultaram. Eles não são testemunhas e estavam na condição de investigados”. Ele afirmou ainda que não existe nenhum procedimento de acareação com o ex-deputado José Riva. 

Segundo divulgado pelos investigadores, o ex-presidente da “Casa de Leis” utilizava os recursos públicos, denominados "verbas de suplementos", de forma inapropriada. O dinheiro era desviado para pagamento de despesas pessoais como viagens, massagens, festas e até pagamentos de ‘mensalinhos’. Riva foi preso no dia 13 de outubro durante a operação ‘Célula Mãe’, por ordem da juíza titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda. Esta foi sua terceira prisão neste ano.

Além de José Geraldo Riva, foram presos os servidores Geraldo Lauro e Maria Helena. Ambos exerceram a chefia do seu gabinete.

*Atualizada 16h55