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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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OPERAÇÃO VENTRÍLOQUO

Após tentar romper tornozeleira 18 vezes, Justiça poderá determinar retorno de Pommot à prisão

Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini

Após tentar romper tornozeleira 18 vezes, Justiça poderá determinar retorno de Pommot à prisão
O ex-secretário geral da Assembléia Legislativa, apontado como participante do esquema de corrupção milionária, Luiz Marcio Bastos Pommot, poderá retornar a cadeia até o fim deste ano. É a juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Arruda, apontou na tarde desta sexta-feira (11) que Pommot teria tentado romper a tornozeleira eletrônica 18 vezes e deixado descarregar outras sete. A infração foi apontada pelo sistema de monitoramento, que irá realizar uma perícia dentro de dois dias.

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A juíza determinou que uma perícia seja feita para comprovar se, de fato, Pommot teria tentado fraudar o mecanismo eletrônico. Caso se confirme, o ex-secretário geral poderá retornar a prisão. A perícia irá emitir um laudo dentro de 48 horas.

Pommot foi preso no dia 1º de julho deste ano durante a "Operação Ventríloquo" pelo Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) sob a acusação de participar de um esquema que teria desviado cerca de R$ 9,5 milhões dos cofres do Legislativo através do pagamento administrativo de uma dívida contraída junto ao HSBC.

O Olhar Jurídico está acompanhando a audiência no Fórum nesse momento.

Entenda o caso

A Operação Ventríloquo, desencadeada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), teve início a partir da delação premiada do advogado Joaquim Miele, que representava o banco HSBC em uma demanda contra a Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O advogado teria entregue à Justiça todo o esquema envolvendo o antigo Banco Bamerindus, atual HSBC, e a Assembleia Legislativa, durante a gestão do ex-deputado José Geraldo Riva.

Segundo o Gaeco, a Operação Ventríloquo investiga desvio de recursos da Assembléia que chega a R$ 10 milhões. As fraudes foram registradas no período de 2013 e 2014, e envolveriam a simulação de pagamento de uma dívida ao HSBC. São investigados crimes de peculato, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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