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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS

MPE tem cinco dias para apresentar interceptações de extorsão a deputado; juíza marca interrogatório de Riva

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

MPE tem cinco dias para apresentar interceptações de extorsão a deputado; juíza marca interrogatório de Riva
A Justiça determinou que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) traga até a próxima sexta-feira (19), os áudios das interceptações telefônicas do lobista Julio César Domingues Rodrigues, suspeito de ter praticado extorsão contra o deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB). Os fatos possuem relação com o processo proveniente da Operação Ventríloquo, que investiga um esquema para desvios de dinheiro na Assembléia Legislativa.

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A suposta extorsão foi o motivo pelo qual a juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, negou liberdade ao advogado Julio César Domingues Rodrigues na última sexta-feira (11).

O advogado vem tentando na justiça a revogação de sua prisão preventiva, argumentando que estaria “segregado” e “que não oferece risco à instrução processual”. Julio César cumpre prisão preventiva no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde o dia 7 de agosto deste ano, sob a acusação de peculato, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Na mesma deliberação, agendou para o dia 22 de janeiro de 2016, às 14h30 o interrogatório do ex-deputado, José Geraldo Riva e do ex-secretário da AL, Luiz Marcio Bastos Pommot.

Entenda o caso

A Operação Ventríloquo teve início com a delação premiada do advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, que representava o HSBC. Segundo o MPE, o então presidente afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva, teria determinado o pagamento de uma dívida na integralidade de R$ 9,6 milhões, em face ao banco HSBC, relativa a débitos em atraso da contratação de seguros saúde para os servidores da Casa de Leis, desde que metade do montante fosse desviado para o grupo organizado pelo ex-parlamentar.

Domingues é considerado pelo Ministério Público como o lobista no esquema liderado pelo ex-deputado José Geraldo Riva para desvio de verbas na Assembléia Legislativa. São réus no processo, além de Riva e Domingues, o ex-procurador-geral da Assembléia Legislativa, Anderson Flávio de Godoi e o ex-secretário geral do mesmo órgão, Luiz Marcio Bastos Pommot.


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