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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Defesa de médica denunciada por morte de verdureiro pede que delegado seja investigado por parcialidade

Foto: Rogério Florentino / OD / Reprodução

Defesa de médica denunciada por morte de verdureiro pede que delegado seja investigado por parcialidade
A defesa da médica Letícia Bortolini, acusada pela morte do verdureiro Francisco Lúcio Maia, ocorrida no dia 14 de abril de 2018, pediu na Justiça que a cópia dos autos fosse encaminhada à Corregedoria da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, para que apurasse uma eventual parcialidade do delegado Christian Alessandro Cabral, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran). A médica já foi denunciada pelos crimes de homicídio doloso, omissão de socorro, fuga do local e por dirigir embriagada.
 
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A defesa de Bortolini já entregou a resposta inicial às acusações. Ela alega que houve ilegalidades e arbitrariedades no inquérito policial, “com consequente mácula nos elementos informativos que subsidiam a peça acusatória, inclusive com juntada de documentos”.
 
Foi pedida a extração de cópia e remessa à Corregedoria da Polícia Civil, para apuração de eventual parcialidade do delegado na condução do inquérito que investigou a morte do verdureiro.
 
O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, no entanto, negou o pedido, entendendo que “tal diligência deve ser realizada diretamente pelo causídico interessado na forma como ocorreu o trabalho investigativo”.
 
Ao Olhar Jurídico o delegado Christian Cabral afirmou que está tranquilo com relação às acusações de parcialidade e que isto é um reconhecimento da qualidade das investigações feitas.
 
“Para mim os questionamentos apresentados pela defesa da médica são um reconhecimento à qualidade das investigações realizadas pela Polícia Civil. Como não há como por em dúvida as evidências levantadas na investigação, querem por em dúvida a idoneidade de quem as produziu. Recebo isso com tranquilidade, trabalho para servir a Justiça Pública e não para agradar ou desagradar pessoas. A médica Letícia é apenas mais um caso para nós”, disse.
 
A denúncia
 
Conforme a denúncia, no dia 14 de abril de 2018, por volta das 19h35, na avenida Miguel Sutil, em frente a agência do Banco Itaú do bairro Cidade Verde, a médica, “conduzindo veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, em velocidade incompatível com o limite permitido para a via, assim como assumindo o risco de produzir o resultado, matou a vítima Francisco Lucio Maia”.
 
Consta, ainda, que a denunciada, após a prática dos fatos, conduziu veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool. Em setembro de 2018 o juiz Flávio Miráglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia do MP contra a médica.
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