As depesas com pessoal na justiça brasileira chegam a 89,7% do total de R$ 50,4 bilhões destinados às justiças, estadual, federal, trabalhista, eleitoral e tribunais superiores e cresceram 13% em comparação com o levantamento feito com dados de 2010. Deste total de recursos disponíveis à justiça, 10,3% são gastos referentes à prestação de serviços e investimentos.

Os dados, referentes a 2011, fazem parte do Boletim Justiça em Números 2012, divulgado nesta seguda-feira (29.10), em Brasília, no Conselho Nacional de Justiça.

O orçamento de R$ 50,4 bilhões é 13% superior ao valor disponível ao poder judiciário em 2010. Deste total de recursos para 2011, 52% foi repassado à justiça estadual, 22% à justiça do trabalho e 14% à federal.

O relatório identificou ainda um aumento de 32% nos gastos com Tecnologia da Informação (TI) em relação a 2010 nos Tribunais militares, eleitorais e no Superior Tribunal Militar. A justiça estadual absorveu 78% dos processos contra 13% da esfera fereral.

Em 2011 entraram 26 milhões de novos processos. O número de magistrados chegou a 17 mil magistrados e a relação entre o número de juízes para cada grupo de 100 mil habitantes ficou em 8,8 pontos.

Cada juiz assumiu em 2011 4,6 mil pocessos, número 12% inferior em comparação com 2010. Dos 90 milhões de processos em 2011, ficaram estocados 63 milhões de processos, que representam, em média, uma taxa de congestionamento de 70%.

"Julgamos e 2011 a mesma quantidade de processos que entrou em 2011, mas houve aumento no núimero de novos processos. Sob o ponto de vista do númeor de processos, há aumento do volume de trabalho causado pelo aumento de 26 milhões de novos processos. Em 2010 foram 24 milhões de processos", afirmou o conselheiro José Guilherme Vasi Werner.