Fotos anexadas ao processo que pede a suspensão parcial do leilão de bens entregues pelo delator premiado e ex-secretário de Casa Civil, Pedro Nadaf, apontam que os 11 terrenos em Várzea Grande foram recentemente invadidos. O Olhar Jurídico esteve no local, nesta sexta-feira (25), constatando que muitas habitações ainda estão em construção.  

Leia também 
Ação tenta suspender leilão de bens de Nadaf e aponta que terrenos entregues estão ocupados
 
A reportagem não conseguiu conversar com os responsáveis pelas construções. Os presentes se negaram a falar com a imprensa. Conforme noticiado pelo Olhar Jurídico, grupo de 11 pessoas requereu na Justiça suspensão parcial do leilão.
 
Segundo os autos, antigos moradores do bairro Parque do Lago, desde à infância, conhecem a área, tida como abandonada. Há cerca de três anos, resolveram adentrar, com intuito de limpá-la, tomar posse, promover aterramento e edificar moradias. Documentos afirmam que setes casas já foram construídas.

Os ocupantes do conjunto de terrenos foram surpreendidos com a notícia do leilão, informação divulgada no começo de 2021. Porém, não há detalhes sobre notificações para planejamento da desocupação.



Há pedido liminar para determinação de suspensão parcial do leilão judicial, mediante a retirada do Edital dos lotes urbanos avaliados em R$ 350 mil.

Sobre o leilão em nome de Nadaf, foram disponibilizados 15 bens que totalizam R$ 6,7 milhões. A defesa do ex-secretário, patrocinada pelo advogado Omar Khalil, afirmou ao Olhar Jurídico que o leilão servirá para pagamento de valores acordados em delação premiada. 
 
Na primeira praça, ocorrida no dia 23 de junho, apenas um apartamento no Edifício Parque Residencial Via Ipiranga foi arrematado pelo valor de avaliação, R$ 280 mil.
 
O advogado de Pedro Nadaf explicou ao Olhar Jurídico que os terrenos atualmente são responsabilidade do administrador judicial, que conduz o leilão.

Caso aguarda julgamento na Sétima Vara Criminal de Cuiabá.