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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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PEC DA IMPUNIDADE

Favorável à proposta que tira poder do MP, Eliene Lima diz estar com consciência tranquila

Foto: Reprodução

Favorável à proposta que tira poder do MP, Eliene Lima diz estar com consciência tranquila
Único deputado da bancada de Mato Grosso que figurou como titular na comissão especial da Câmara criada para analisar a proposta de emenda à Constituição (PEC) 37/ 2011, Eliene Lima (PSD-MT) votou a favor do texto que pretende tirar o poder de investigação do Ministério Público (MP) -- a proposta ainda seguirá para votação no plenário da Casa. 

“Minha consciência está tranquila. No início, houve temor (em relação à PEC). Não tínhamos a devida compreensão. Mas o entendimento que levou à aprovação da PEC pela comissão resultou de uma série de audiências públicas”, disse Lima, por telefone.

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Segundo ele, a sociedade concorda que a competência para investigações criminais deve ser exclusivamente das polícias Federal e Civil. Conforme a proposta, o MP deve atuar apenas como titular das ações penais. “O MP poderá acompanhar (as investigações)”, complementou. 

Lima ressaltou ainda que a grande maioria dos deputados (14 contra dois) votou a favor do texto, conhecido como “PEC da Impunidade”. Isto é, para o deputado, o resultado proferido na última quarta-feira (21) é inquestionável.

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Os integrantes da comissão também rejeitaram substitutivo em que o deputado Fábio Trad (relator e deputado pelo PMDB-MS) sugeriu manter o poder do MP nos casos de crimes contra a administração pública (praticados por políticos e/ ou agentes públicos -- corrupção, por exemplo) e de delitos praticados por organizações criminosas. “Isso não teria tanta abrangência. Não ficaria muito diferente (do aprovado)”, minimizou Lima.

Chumbo trocado?

A exemplo de outros parlamentares, Eliene Lima é alvo de inquéritos e processos judiciais. Questionado se isso eventualmente teria influenciado na votação, ele tergiversou respondendo que “o MP não vai ficar totalmente fora e que poderá ser parceiro das investigações”. A apreciação da proposta pelo plenário ainda não tem data definida.

Quando o autor da proposta, o deputado Lourival Mendes (PT do B-MA), buscou apoio para que a PEC começasse a tramitar na Câmara, os mato-grossenses Júlio Campos (DEM), deputado que acabou assumindo suplência na comissão especial, e Neri Geller (PP), suplente que exercia mandato na época, assinaram o pedido. Campos também tem pendengas na Justiça.
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