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Sábado, 04 de maio de 2024

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Todeschini Transportes

Juiz valida dissolução total de empresa alvo da Operação Ararath

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Juiz valida dissolução total de empresa alvo da Operação Ararath
Alvo da Ararath, a empresa Todeschini Transportes Ltda teve sua sociedade totalmente dissolvida por decisão do juiz Yale Sabo Mendes, da 7ª Vara Cível de Cuiabá, proferida no último dia 23. No pedido, a empresa alegou que suas atividades estão paralisadas a mais de 10 anos com apenas um único sócio vivo, o que inviabiliza qualquer andamento de suas atividades econômicas.

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Conforme os autos, a transportadora fundada em 1984 com finalidade de exploração do ramo de transportes de cargas teve suas atividades paralisadas a mais de 10 anos, quando da morte de um dos sócios, Waldyr Todeschini, em 2013.

Com apenas um imóvel em Várzea Grande como patrimônio devidamente registrado, a empresa apontou dívida de R$ 3,6 milhões oriunda de diferenças decorrentes de planos econômicos, que inclusive já foi depositado judicialmente no processo.

No pedido, João Carlos Simoni, um dos sócios remanescentes, afirmou que a organização possui capacidade de saldar as dívidas remanescentes.

“Diante do exposto e por tudo que dos autos consta, nos termos do art. 487, inc. I, do CPC e julgo procedentes os pedidos formulados por Joao Carlos Simoni em desfavor de Espólio de Waldir Todeschini, para confirmar decisão e decretar a dissolução total da sociedade empresária TODESCHINI TRANSPORTES LTDA – ME”, proferiu o magistrado.

Yale também determinou que caberá às partes interessadas promover a liquidação das sociedades e as cotas sociais deverão ser liquidadas com base na situação patrimonial das empresas, verificada em balanço especial, e o pagamento de eventuais sobras será feito de acordo com o disposto no contrato social.
 
Em 2014,  relatório da Polícia Federal (PF), na Operação Ararath, que deu base a uma série de busca e apreensões e prisões em Mato Grosso, revelou que a empresa Todeschini Construções Terraplanagem LTDA teria firmado empréstimo com o Banco Daycoval, um dos alvos da PF, tendo como garantia obras em Mato Grosso.

Conforme o relatório, documentos apreendidos da casa do ex-secretário de Fazenda, Eder de Moraes dias, são indicativos da possibilidade de que “as fraude relativas a empréstimos e credores do estado de Mato Grosso foram operadas também no Banco Daycoval”, ressalta trecho do documento.
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