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Sábado, 04 de maio de 2024

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Fundo Nacional de Saúde (FNS)

MPF pede arquivamento de inquérito contra Emanuel sobre suposto uso indevido de verbas para Covid

Foto: Rogério Florentino - Olhar Direto

MPF pede arquivamento de inquérito contra Emanuel sobre suposto uso indevido de verbas para Covid
O Ministério Público Federal (MPF), por intermédio do Procurador Regional da República Marcelo Antônio Ceará Serra Azul, solicitou à Justiça o arquivamento do inquérito instaurado contra o prefeito de Cuiabá. Emanuel Pinheiro, sobre suposta utilização inadequada de verbas federais destinadas ao combate à Covid-19. O pedido foi realizado por falta de provas que sustentem a acusação e se tratava de investigação para descobrir se Pinheiro teria utilizado de forma imprópria a quantia de R$ 41 milhões que recebeu do Fundo Nacional de Saúde (FNS). A informação foi confirmada pela assessoria da prefeitura nesta quarta-feira (30). 

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A investigação, iniciada em maio de 2021, tinha como objetivo descobrir se o prefeito de Cuiabá usou os recursos de forma imprópria, não seguindo os planos e objetivos para os quais foram destinados. Conforme relatado nos autos, o Município recebeu uma quantia de R$ 41.435.317,61 do Fundo Nacional de Saúde (FNS), por meio do Fundo Municipal Único de Saúde, destinada ao enfrentamento da epidemia de Covid-19. Esses recursos foram transferidos entre os meses de março e maio de 2020.

O governo estadual protocolou um documento na Procuradoria-Geral da República afirmando que, apesar dos recursos fornecidos pelo Ministério, a Prefeitura de Cuiabá não investiu em equipamentos adequados para os profissionais de saúde que estavam na linha de frente contra a pandemia.

A denúncia também indicava que a administração municipal não havia aumentado a capacidade de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 e que havia desativado 40 leitos existentes. A Prefeitura refutou as alegações, demonstrando ter criado 30 novos leitos de Terapia Intensiva no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e outros 10 no Hospital São Benedito.

A gestão municipal confirmou que contava com 105 leitos de UTI e 187 leitos de enfermaria para atender pacientes com Covid-19. Em relação à posterior desabilitação de leitos, a Prefeitura informou ter oficialmente notificado o Ministério da Saúde sobre a realocação dos leitos de UTI do Hospital Municipal de Cuiabá para o Hospital São Benedito.

Durante o curso da investigação, foram realizadas diligências que envolveram órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU), a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso, a Assembleia Legislativa do Estado e a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde. Além disso, o próprio prefeito Emanuel Pinheiro prestou esclarecimentos.

Depois de analisar as informações e documentos obtidos, o Ministério Público Federal concluiu que não havia elementos suficientes para sustentar a acusação de crime por parte do prefeito. A investigação não demonstrou de forma clara que os recursos não foram utilizados de maneira adequada e direcionada para o combate à COVID-19, levando em consideração a situação de emergência enfrentada pelo país durante a pandemia.

Com base nessa análise, o Procurador Regional da República encarregado do caso, Marcelo Antônio Ceará Serra Azul, solicitou o arquivamento do inquérito por ausência de justa causa para a propositura de uma ação penal.

(Com informações da assessoria)
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