A Mônaco Diesel Caminhões e Ônibus Ltda., empresa alvo de ação do “Escândalo dos Maquinários”, que julga superfaturamento de R$ 44 milhões na aquisição de 705 máquinas e caminhões adquiridos pelo governo do Estado, em 2009, na gestão do então governador Blairo Maggi, firmou acordo com o Ministério Público e com o Estado de Mato Grosso, se comprometendo a devolver R$ 5 milhões aos cofres públicos, a ser pago em 12 meses.
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Em decisão proferida no último dia 23, a juíza Célia Regina Vidotti homologou o acordo e julgou extinto o processo, com resolução do mérito, em relação à Mônaco, que ainda se comprometeu em manter mecanismos de integridade, auditoria e medidas de compliance.
“Diante do exposto, homologo, para que surta seus jurídicos e legais efeitos, o Acordo de Não Persecução Cível firmado entre o Ministério Público do Estado de Mato Grosso e Mônaco Diesel Caminhões e Ônibus Ltda. Por consequência, julgo extinto o processo, com resolução de mérito”, proferiu a magistrada.
Escândalo dos Maquinários é como foi chamado suposto esquema de superfaturamento na aquisição de equipamentos e caminhões por parte do governo, cujos réus são os ex-secretários de Estado Vilceu Marchetti e Geraldo De Vitto e as empresas Auto Sueco Brasil Concessionária de Veículos Ltda.; Rodobens Caminhões Cuiabá S/A; Mônaco Diesel Caminhões e Ônibus Ltda.; Iveco Latin América Ltda.; Extra Caminhões Ltda.
A ação civil pública apura o desvio de R$ 44 milhões do erário, conforme relatório da própria Auditoria Geral do Estado (AGE).
À época dos fatos denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE), De Vitto era secretário de Administração e Marchetti comandava a pasta de Infraestrutura do governo de Blairo Maggi.