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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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GABINETE GRAMPEADO

Delegado preso tinha 'contato com a PF' para antecipar operações contra garimpeiros aliados

Foto: Reprodução

Delegado preso tinha 'contato com a PF' para antecipar operações contra garimpeiros aliados
Interceptações no “gabinete do crime” do delegado Geordan Antunes Fontenelle Rodrigues, preso nesta quarta-feira (17) no âmbito da Operação Diaphthora, revelou que ele possui contato na Polícia Federal para antecipar investigações e investidas contra garimpeiros de Peixoto de Azevedo, que seriam seus aliados no esquema de cobrança de propina.  A informação foi descortinada na decisão da juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 2ª Vara Criminal do município, a qual o Olhar Jurídico obteve acesso.

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Um dos pontos destacados na decisão da magistrada, evidenciado pelas interceptações, foi um contato que Geordan afirma ter dentro da Polícia Federal de Sinop, identificado como R.G.O., o qual seria atribuído de fazer uma ponte entre ele e futuras operações que eventualmente poderiam mirar garimpeiros que seriam seus aliados.

O Núcleo de Inteligência da Corregedoria-Geral ainda recebeu informações da inteligência do Estado dando conta de que Fontenelle estaria oferecendo serviços de segurança privada, com viatura caracterizada, para os garimpeiros de Peixoto.

Relatório investigativo descobriu que uma viatura S10, caracterizada, se deslocou até o distrito de União do Norte, cujo destino era a mineradora Fides Mining Gold, em outubro de 2023.

O delegado de policia civil Rodrigo Azem Buchidid representou pela prisão preventiva e busca e apreensão em face de Geordan e outros investigados para apurar suposta cobrança de propina na corporação. Após autorização judicial, a investigação grampeou o delegado Fontenelle, o que descortinou seu envolvimento em práticas criminosas.

Descobriu-se, assim, que seu local de trabalho era, na verdade, o “gabinete do crime” para tratar da cobrança de propina dos garimpeiros da região, negociação de fianças, recebimento mensal de vantagem indevida e até “diárias” de R$ 10 mil para manter custodiados em alojamento exclusivos para policiais.

Diante dos fatos, Geordan Fontenelle e um investigador foram presos durante a Operação Diaphthora. Ambos estavam lotados na delegacia de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá).
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