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Domingo, 19 de maio de 2024

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VERSÃO CONTESTADA PELO MP

Filho de fazendeira que assassinou dois, médico alega que não sabia que mãe tinha intenção de matar

Foto: Reprodução

Filho de fazendeira que assassinou dois, médico alega que não sabia que mãe tinha intenção de matar
Filho da fazendeira Inês Gemilaki, autora dos disparos que ceifaram a vida de dois idosos, o médico Bruno Gemilaki alegou à Justiça que não sabia que sua mãe tinha intensão de matar. No dia 21 de abril, Inês e Bruno invadiram uma casa em Peixoto de Azevedo em busca do garimpeiro Enerci Afonso Lavall, e ela acabou matando Pilso Pereira da Cruz, 69 anos, e Rui Luiz Bogo, 81. Lavall foi atingido, mas sobreviveu. O padre José Roberto Domingos também foi alvejado, mas se safou. No entanto, o promotor de Justiça Álvaro Padilha de Oliveira, que os denunciou, contestou a versão de Bruno.


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Naquele dia, Bruno e Inês invadiram a casa particular de Erneci Afonso Lavall, alvo da fazendeira, localizada na rua Thiago Magalhães Nunes, nº 1403, bairro Alvorada. Imagens das câmeras de segurança da residência constataram que o filho acompanhou e deu suporte à sua mãe durante toda empreitada, portando uma espingarda calibre 12.

Embora tenha alegado não saber que Inês tinha intenção homicida, ele a acompanhou em todo momento e, em posse da arma longa, efetuou pelo menos quatro disparos. As marcas dos tiros foram localizadas pela Polícia na residência.

A constatação de que Bruno efetuou os tiros permitiu o promotor concluir, ao aditar a denúncia, que ele deverá responder pelos resultados da empreitada criminosa encabeçada pela sua mãe, na medida de sua respectiva colaboração.

O mesmo vale para Éder Gonçalves Rodrigues. Ele foi quem dirigiu o veículo e também apareceu com arma curta em punho, colaborando para o êxito das execuções.

“Embora Éder não tenha efetuado nenhum disparo no local onde as vítimas estavam, ou seja, nos fundos da residência, é possível ver o suporte que deu a toda a situação, seja dirigindo o veículo (Camionete), seja fazendo uma espécie de retaguarda para Inês e Bruno, motivo pelo qual os três réus deverão responder pelos resultados obtidos”, anotou Álvaro, em nova manifestação acostada nos autos nesta quinta-feira (8).

O trio foi denunciado por homicídio, com a qualificadora do motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas. Bruno está preso no Centro de Detenção Provisória de Peixoto, junto com Éder. Inês segue presa no Centro de Detenção Provisória de Colíder.
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