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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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DEU SUPORTE À MÃE

Defesa não comprova estado psicológico debilitado e desembargador mantém prisão de médico por execuções em Peixoto

Foto: Reprodução

Defesa não comprova estado psicológico debilitado e desembargador mantém prisão de médico por execuções em Peixoto
O desembargador Helio Nishiyama não revogou a prisão e nem concedeu domiciliar ao médico Bruno Gemilaki, detido por participar de quatro crimes de homicídio qualificado, dois consumados e dois tentados, praticados por ele e sua mãe, a fazendeira Inês Gemilaki, em Peixoto de Azevedo. Em busca do garimpeiro Erneci Afonso Lavall, Inês acabou matando os idosos Rui Luiz Bogo e Pilson Pereira da Silva. Bruno prestou suporte a ela durante toda empreitada criminosa.


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Em decisão proferida nesta quinta-feira (8), o desembargador negou habeas corpus ajuizado em favor de Bruno, cuja defesa alegou que ele possui grave transtorno psiquiátrico, bem como dependência de medicamentos. Tais argumentos foram usados para pedir a revogação da prisão ou que ele fosse colocado em domiciliar.

No entanto, Hélio pontuou na decisão que a prisão de Bruno foi decretada ante a gravidade dos delitos cometidos e para garantir a ordem pública, bem como diante da periculosidade dos agentes.

Sobre a domiciliar, Nishiyama decidiu nega-la uma vez que a defesa não apresentou documentos de prova suficientes para atestar que Bruno estaria com a saúde debilitada, tampouco que o Centro de Detenção Provisória de Peixoto, onde ele está detido, seria incapaz de prestar a devida assistência médica.

“Por derradeiro, os argumentos do impetrante se confundem com o próprio mérito da ação constitucional, o qual deve ser submetido ao crivo do colegiado, a quem compete decidir as irresignações contidas no presente habeas corpus. Nesse cenário, não se vislumbra, neste momento, a presença de pressuposto autorizativo à concessão da tutela de urgência vindicada. Portanto, indefiro a medida liminar”, proferiu o desembargador.

Filho da fazendeira Inês Gemilaki, autora dos disparos que ceifaram a vida de dois idosos, o médico Bruno Gemilaki alegou à Justiça que não sabia que sua mãe tinha intensão de matar.

No dia 21 de abril, Inês e Bruno invadiram uma casa em Peixoto de Azevedo em busca do garimpeiro Enerci Afonso Lavall, e ela acabou matando Pilso Pereira da Cruz, 69 anos, e Rui Luiz Bogo, 81. Lavall foi atingido, mas sobreviveu. O padre José Roberto Domingos também foi alvejado, mas se safou. No entanto, o promotor de Justiça Álvaro Padilha de Oliveira, que os denunciou, contestou a versão de Bruno.

Naquele dia, Bruno e Inês invadiram a casa particular de Erneci Afonso Lavall, alvo da fazendeira, localizada na rua Thiago Magalhães Nunes, nº 1403, bairro Alvorada. Imagens das câmeras de segurança da residência constataram que o filho acompanhou e deu suporte à sua mãe durante toda empreitada, portando uma espingarda calibre 12.

Embora tenha alegado não saber que Inês tinha intenção homicida, ele a acompanhou em todo momento e, em posse da arma longa, efetuou pelo menos quatro disparos. As marcas dos tiros foram localizadas pela Polícia na residência.

A constatação de que Bruno efetuou os tiros permitiu o promotor concluir, ao aditar a denúncia, que ele deverá responder pelos resultados da empreitada criminosa encabeçada pela sua mãe, na medida de sua respectiva colaboração.

O mesmo vale para Éder Gonçalves Rodrigues. Ele foi quem dirigiu o veículo e também apareceu com arma curta em punho, colaborando para o êxito das execuções.
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