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Domingo, 28 de abril de 2024

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PRIMEIRA AGRESSÃO

Testemunhas e réu do Caso Ryan são ouvidos em audiência

Foto: Reprodução

Carlos Henrique foi citado no outro processo por duplo homicídio

Carlos Henrique foi citado no outro processo por duplo homicídio

O técnico em rede de internet Carlos Henrique Costa de Carvalho, 25, foi ouvido na tarde desta terça-feira em audiência de pronúncia e instrução, no Fórum de Cuiabá, no processo de lesão corporal. A audiência teve mais de uma hora e meia de atraso, além do fato de que uma das testemunhas arroladas no processo foi ex-sogra de Carlos, Adimárcia Mônica da Silva Alves, assassinada por ele em dezembro de 2012.

A audiência realizada na Primeira Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, apesar de ser pública, foi fechada a pedido das partes. Prestaram depoimentos três testemunhas de acusação, sendo os dois policiais militares Anderson Bispo Lima e Delso Marques Silva, e a ex-companheira de Carlos Henrique, Thassya da Silva Alves. Uma testemunha de defesa também foi ouvida, assim como o réu.

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Conforme a assessoria de imprensa da Corregedoria-geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a juíza em substituição Tatiane Colombo, depois de ouvir os relatos das testemunhas arroladas, deu cinco dias para as considerações finais. Posteriormente, passam a contar mais 10 dias para que seja dada a previsão de sentença.

O processo, movido pelo Ministério Público Estadual, teve a partir de uma denúncia feita por Thassya contra Carlos Henrique em maio de 2012. Thassya contou que o casal namorava há aproximadamente quatro meses quando tiveram uma discussão por causa de ciúmes por parte de Carlos e este passou a agredi-la, tentando enforcá-la com as mãos e depois mordendo seu rosto.

Os dois estavam na casa da mãe de Thassya, Adimarcia Alves, que socorreu a filha. “Ele saiu da casa e minha mãe fechou a porta, ficando para o lado de fora. Logo depois ele voltou, com um balde com gasolina e queria por fogo na casa. Quem evitou que isso acontecesse foi minha mãe. Ele dizia que iria se matar junto com minha mãe. Foi então que eu chamei a Polícia e ele foi preso em flagrante”, explicou Thassya.

Depois de um mês separados, os dois voltaram a namorar e foram morar juntos. “Ele estava completamente diferente. Era outra pessoa, mas no último mês que estávamos juntos, ele começou a ficar alterado novamente. Acho que era ciúmes do meu filho. Por isso me separei dele. Ele achava que eu não dava atenção suficiente para ele. Ele queria um amor que não era dele”, completou.

Grávida de cinco meses do seu agressor e assassino de seu filho e mãe, Thassya contou que espera uma menina, mas prefere não falar sobre o assunto.

O advogado de Carlos Eduardo, Oziel Catarino Bondespacho Farias, afirmou que irá esperar o desenrolar da ação penal.

TRAGÉDIA

Carlos Henrique é acusado de homicídio duplamente qualificado pelo MPE. Em novembro do ano passado, ele teria matado a ex-sogra, Adimárcia, a facadas e ainda ateado fogo ao corpo da professora. Em seguida, Carlos levou o ex-enteado Ryan Alves, de apenas quatros, até o Rio Cuiabá, onde o arremessou de uma ponte. O menino morreu afogado.
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