O Tribunal de Justiça de Mato Grosso ocupa hoje o primeiro lugar entre os tribunais da região Centro-Oeste quanto ao atendimento dos requisitos para implantação da gestão estratégica nas cortes, estabelecidos pela Resolução nº 070/2009. A análise foi realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que avaliou a utilização dos recursos humanos, tecnológicos e financeiros com eficiência, buscando a excelência na prestação jurisdicional.

Mato Grosso implantou 65% dos requisitos estabelecidos na resolução do CNJ. Nacionalmente, o TJMT ficou em quinto lugar. À frente do TJMT ficaram somente os estados de Sergipe (com 82% de cumprimento), Rio Grande do Sul (76%), Rio Grande do Norte (72%), e Ceará (70%).

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O presidente do TJMT, desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho, enfatizou o esforço que foi feito para que o Poder Judiciário implementasse um órgão que pudesse acompanhar diuturnamente o andamento dos projetos. “E essa classificação, tanto nacional quanto regional, é o reconhecimento do trabalho que foi feito, antes mesmo que se findasse um ano de sua implantação”, ressaltou.

Para o ele, a tendência é que cada vez mais a prestação jurisdicional evolua, tanto tecnologicamente quanto em recursos humanos. “É uma exigência do mundo moderno. Precisamos acompanhar e mensurar os resultados, ver o que está indo bem e mal, para poder fazer as cobranças necessárias e arrumar o que for possível em tempo hábil”.

O desembargador também lembrou que em breve todos os andamentos e resultados de projetos poderão ser consultados por qualquer cidadão pela internet por meio do Sistema de Gerenciamento de Projetos. “Logo os gestores e qualquer cidadão poderão acompanhar os andamentos de qualquer projeto corporativo desenvolvido ou em desenvolvimento pelo Poder Judiciário em tempo real. Ou seja, transparência total”, completou.

De acordo com informações da Assessoria de Imprensa do TJMT, a posição alcançada pela Justiça, pois a cultura do planejamento no âmbito da Justiça Estadual em Mato Grosso ainda é tímida e está em processo de amadurecimento. A coordenadora de Planejamento do TJMT, Vivian Pires, atribui a colocação ao patrocínio institucional, que foi um ponto forte para que se conseguisse pensar e implantar o Escritório de Projetos. “Nós conseguimos uma boa posição porque mudamos o foco da administração. Ao invés de pensar que temos R$ 20 milhões e vamos gastar com o quê, nós pensamos de forma inversa, ou seja, avaliamos os problemas, buscamos estratégias, e só então adequamos a estratégia a nossa realidade financeira para executar e chegar ao resultado que queremos”.

A pesquisa foi realizada em 2012 pelo CNJ e está reunida no Diagnóstico da Gestão Estratégica do Poder Judiciário e levou em consideração principalmente o comprometimento do presidente, do vice-presidente, corregedor e servidores que ocupam cargos de direção com os objetivos estratégicos, com os resultados e com a adoção de inovações ou melhorias voltadas à modernização de serviços.

Conforme informações do TJMT, ao todo foram analisados os seguintes critérios Envolvimento da Alta Administração, Gestão Participativa; Estrutura Organizacional Tecnológica e Capacitação para Estratégia; Planejamento da Estratégia; Comunicação da Estratégia; e ainda Monitoramento e Execução da Estratégia.