O coronel Cláudio Luiz Oliveira, preso acusado de participação na morte da juíza Patrícia Acioli, em 2011, deverá permanecer preso por mais seis meses em presídio de segurança máxima. O pedido de prorrogação foi feito pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, motivado pela necessidade de proteção das testemunhas e pela “garantia da livre manifestação dos corréus ainda não submetidos a julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri”. A Secretaria de Segurança do Estado também foi oficiada para garantir a segurança da advogada Ana Cláudia Abreu Lourenço.

No despacho da solicitação feita pelo promotor Leandro Navega e deferida pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Niterói, Peterson Barroso Simão, é enfatizada a “potencialidade dos chefes” da organização criminosa acusada da morte da magistrada. Segundo o promotor Navega, a potencialidade ficou demonstrada no depoimento de Ana Claudia, que afirmou categoricamente “que tem conhecimento de que seu nome consta numa lista de pessoas ameaçadas de morte” e “que tem medo que possa acontecer consigo em razão do envolvimento de Benitz e do coronel Cláudio no episódio”.

Conforme informações do site Conjur, o promotor requereu ainda a a extração de cópia do documento e encaminhamento para a Secretaria de Segurança Pública, solicitando a adoção das medidas cabíveis e necessárias em relação à segurança e proteção de Ana Claudia. Na época do assassinato, a advogada defendia o PM Sammy Quintanilha,um dos acusados do crime.

Dos onze policiais militares presos, acusados de envolvimento no assassinato da magistrada, quatro já foram julgados. Sergio Costa Júnior, que optou pela delação premiada, Jeovanis Falcão Junior, Jeferson de Oliveira Miranda e Junior Cesar de Medeiros foram condenados. O tenente-coronel Cláudio e outros seis acusados, que também entraram com recursos nos tribunais superiores, ainda não foram a júri.