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Domingo, 28 de abril de 2024

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Professores universitários são capacitados pelo TJ

Professores universitários ligados ao grupo Kroton participam esta semana do curso de capacitação de conciliadores ministrado pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Poder Judiciário do Estado. A atividade teve início esta manhã (4 de fevereiro) na Escola dos Servidores Desembargador Atahide Monteiro da Silva, em Cuiabá, e terá 40 horas de duração.

A abertura contou com a presença da presidente do Núcleo, desembargadora Clarice Claudino da Silva, e do juiz coordenador, Hildebrando da Costa Marques. As aulas serão ministradas pelos instrutores Waléria Martins Vieira, Eduardo Campos e Tatiane Guerra.

Na avaliação da desembargadora, a capacitação de professores universitários representa um passo importante para a mudança do conceito da judicialização de todos os problemas. Destaca que os educadores têm papel indispensável na divulgação da cultura do diálogo e do entendimento entre as partes, por meio da conciliação, deixando um pouco a visão focada apenas no litígio e na terceirização das resoluções dos casos.

Conforme a magistrada, a conciliação permite que os envolvidos no processo participem da construção da solução. Com isso, as partes compreendem a situação como um todo e conseguem entender as razões do outro, bem como analisar a sua parte de culpa na situação. “Temos a cultura de levar tudo ao litígio e deixar a resolução na mão de uma terceira pessoa, que é o juiz. Isso nem sempre traz satisfação para as partes, diferente do que ocorre na conciliação, onde os envolvidos participam da construção da solução”. A desembargadora lembra ainda que a medida torna o processo mais efetivo, rápido e, consequentemente, menos desgastante.

Para garantir maior eficiência às audiências de conciliação, o Núcleo Permanente aposta nas capacitações. Segundo o juiz Hildebrando da Costa Marques, o curso oferece a profissionalização do conciliador, com oferta de ferramentas e padronização do atendimento. A sociedade ganha com a qualificação, uma vez que entra em contato com servidores capacitados para atender a demanda.

“Com a capacitação o profissional tem muito mais condição de obter sucesso nas soluções e chegar ao final do processo com pacificação garantida. Na conciliação a preocupação não é somente finalizar o processo. Existe ainda o interesse e o compromisso em promover a pacificação entre partes, solucionar de fato o conflito para que os envolvidos se entendam”.

Na conciliação, ao invés do magistrado julgar quem está certo ou errado e proferir uma sentença, as partes são convocadas para dialogar e encontrar uma solução para o conflito. Com entendimento entre os envolvidos, todos têm que ceder, porém o resultado final é satisfatório. A técnica funciona porque ninguém conhece mais o problema do que aqueles que o vivem e, por isso, a resolução encontrada acaba sendo a melhor saída. A conciliação e a mediação podem ser feitas antes da propositura da ação ou durante a tramitação do processo. Por isso, elas conseguem reduzir a carga processual e imprimir maior celeridade à Justiça.
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