O controverso advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, contratado pela defesa do publicitário Duda Mendonça, considerou como ‘desnecessário o excesso de nervosismo' do ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470, durante o primeiro dia do julgamento do Mensalão em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

“O comportamento do ministro é absolutamente desnecessário. Não há justificativa para tanto nervosismo, para tanto excesso”, avaliou o advogado em entrevista exlusiva para o Olhar Jurídico.

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Na avaliação de Antonio Carlos Castro, o nervosismo de Joaquim Barbosa é injustificável. Contudo, Kakay pondera que o comportamento do ministro não sinaliza nada para o futuro. "Não vejo sinais, apesar do excesso", avalia.

O 'nervosismo' de Joaquim Barbosa ocorreu durante discussão com Ricardo Lewandowiski, revisor do relatório, que votou a favor da questão de ordem pelo desmembramento do processo, feito pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, da defesa do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil). Para o ministro relator, a atitude do revisor foi ‘irresponsável e desleal’.

Barbosa ponderou que a questão de ordem deveria ter sido levantada por Lewandowiski há seis meses. Ele lembrou ainda que, no início de tramitação do processo no STF, em 2006, ele mesmo se manifestou pelo desmembramento, mas foi voto vencido.

Revisada e atualizada às 23h44 de 04h08