As investigações decorrentes da Operação Hygeia deverão ser concluídas até sexta-feira (16), mas 46 pessoas já foram indiciadas, sendo que 31 estão presas, quatro foragidas, e outras 11 em liberdade. Novos acusados ainda poderão ser indiciados com o término das perícias que serão realizadas nos materiais apreendidos.
Segundo a assessoria da Polícia Federal, todo o material apreendido foi cadastrado, separado e deverá ser periciado, entretanto, as perícias não deverão ser concluídas até sexta-feira. Isso porque, foram apreendidos mais de 200 HDs, documentos, pastas, agendas pessoais, veículos, além do bloqueio das contas dos envolvidos.
Para evitar que haja destruição de provas e coação de testemunhas, a prisão do envolvidos foi prorrogada no sábado (10). No desmembramento das investigações, a Polícia encontrou indícios de outros crimes e a instauração de novos inquéritos deverá ser feita, entretanto, os procedimentos correm separadamente.
Desde a deflagração da operação no dia 7, a PF já realizou mais de 20 oitivas em Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal. Além disso, as pessoas procuraram a Polícia Federal para informar sobre fatos que podem contribuir para as investigações.
Até o momento se encontram foragidos os dois presidentes das Organizações Sociais de Interesse Público (Oscips) acusados de serem os “mentores” do esquema de supostas fraudes em licitações na Fundação Nacional de Saúde (Funasa). São eles, Luciano Carvalho Mesquisa, do Instituto Creatio, e Maria Guimarães Bueno de Araújo do Instituto de Desenvolvimento Humano, Econômico e Ação Social (Idheas).
A defesa da presidente do Idheas chegou a informar que ela se apresentaria no sábado (10), uma vez que teria sido responsável por repassar informações sobre supostas irregularidades à PF. No entanto, ela não apareceu e o advogado Wendel Rolim Wendervoltou a informar que ela deverá se apresentar nas próximas horas e afirma aguardar o momento adequado como estratégia.
Os outros dois foragidos são os empresários Celino Carvalho Mesquita, de Cuiabá, e Ronido Nascimento, do Distrito Federal.
Operação Hygeia
A Operação Hygeia foi deflagrada para combater fraudes nas licitações e contratos feitos pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e apura crimes de formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação.
Dentre os presos estão o ex-petista Valdebran Padilha, o irmão Waldemir Padilha, além dos peemedebistas Rafael Bastos (secretário-geral do partido), Carlos Miranda (tesoureiro do PMDB) e Luis Carlos Bezerra, sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra.
Veja a lista de indiciados com mandado de prisão
Abel Alves Saraiva dos Santos
Ana Beatriz Muller
Carlos Miranda
Carlos Renato de Souza Bernardo
Celino Henrique Lugon Fraga
Denilson Pereira Melo
Djalma Rodrigues Porto
Edson Pertille
Evandro Vitório
Faustino Dias Neto
Francenylson Luiz Dantas dos Santos
Francisco Salvador de Mattos
Gleida Marisa Costa
Ídio Nemésio
José Luis Gomes Bezerra
Kurt Luiz Matte
Lauriel Francisco da Silva
Luciano de Carvalho Mesquita
Márcio Souza Faria
Marco Antônio Stangherlin
Maria Guimarães Bueno de Araújo Cuiabá
Mário de Almeida
Odil Nascimento
Paulo Félix Castro de Almeida
Rafael Bastos
Renata Guimarães Bueno
Rodrigo Guerra Duarte
Romilton Souza Carlos
Ronildo Lopes do Nascimento
Valdebran Padilha
Valdemir Padilha
Valéria Nascimento
Warley Guerra Duarte
Washington Luis Melo dos Anjos
Wellington Fanaia Pereira
Williames Pimentel de Oliveira
Em liberdade
Sérgio Ferreira Wanderley
Salomão Neves Botelho
Raul Dias de Moura
Michele Beutinger de Mattos
Jussara Nascimento Brill
Heiter Carlos Guimarães
Gerson Fanaia Pereira
Gabrielle Queiroz Marques
Alexssandro Neves Botelho
Abraão Thiago Batista Guimarães
Atualizada às 11h34
