O prefeito Mauro Mendes afirmou hoje (13), durante entrevista coletiva no salão nobre do Palácio Alencastro, que pretende participar das discussões de um substituto para a vaga de Eduardo Campos, morto no acidente aéreo no final desta manhã. Presidente do PSB em Mato Grosso, Mendes disse que o momento não é de falar em nomes, mas sim de respeitar a dor dos familiares e amigos do ex-governador de Pernambuco.
Mauro Mendes lamenta morte de Eduardo Campos e diz que Brasil perde um líder que encantava o país com suas ideias
“Esse é o momento de respeitar a dor da perda. Assim que ficar definido o sepultamento eu vou me deslocar até lá para render as últimas homenagens a esse homem brilhante. As discussões do futuro vão acontecer naturalmente nos próximos dias. Eu pretendo participar, podemos contribuir. Tenho um excelente relacionamento com a executiva nacional, e tinha um ótimo relacionamento com o Eduardo. Quando se discutia a entrada da Marina Silva no PSB ele me ligou”, contou Mauro.
O chefe do executivo cuiabano lembrou que em 2012, quando disputou a campanha para a prefeitura de Cuiabá, recebeu Eduardo Campos duas vezes em Cuiabá. Mauro também confirmou que o presidenciável já programava uma agenda em Mato Grosso, que poderia acontecer ainda neste mês.
“O Alexandre Navarros, coordenador da campanha dele aqui no Centro Oeste, esteve aqui na semana passada para fechar essa agenda, que deveria acontecer na última semana de agosto ou na primeira semana de setembro”, informou o prefeito.
O presidente socialista avaliou que o partido perde muito com a morte de Campos, mas ponderou que a campanha eleitoral precisa seguir seu destino. “Certamente que abala, mas vamos ter que buscar forças em Deus para manter a missão de debater um novo Brasil, um novo Mato Grosso. Eu, que tive a oportunidade de conhecê-lo, sei da qualidade do homem que ele era, do político que ele foi e do exemplo que ele me inspirou”, pontuou.
Foto: Danilo Bezerra - OD
Presente na coletiva e representando a coordenação da campanha do candidato Pedro Taques (PDT), o ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), Luiz Pagot, lembrou de vários momentos que esteve com Campos, destacando o perfil humanitário do político.
“Pessoalmente me sinto mais consternado por ter conhecido o Eduardo. Uma pessoa extraordinária que poderia estar no conforto do governo de Pernambuco, em uma candidatura ao senado, mas preferiu liderar um novo caminho nessa discussão de futuro do nosso País. Fica na minha memória a imagem de quando assinamos uma ordem de serviço em cima de um tanque de 200 litros de diesel, durante a catástrofe das enchentes em Pernambuco. Ele de botas, com lama até as canelas, liderando a solução daquele momento de crise”, contou o Pagot.
