A polícia civil está intrigada com a falta de contato por parte da adolescente Maiana Mariano Vilela, de 16 anos. Para os policiais que investigam o caso, a ausência de comunicação reforça a tese de que pode ter havido seqüestro da jovem, desaparecida desde o dia 22 deste mês.

O comentário é da própria delegada Anaide Barros, que comanda as investigações sobre o caso, cuja principal foco é tentar localiza a adolescente.

Nesta quinta-feira (29), a polícia civil anunciou que a Justiça quebrou o sigilo telefônico de quatro números, em prosseguimento às investigações sobre o paradeiro de Maiana. A utilização das escutas telefônicas foi anunciada em meio às apurações infrutíferas de denúncias comunicadas via Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP).

Outro recurso da investigação é o requerimento ao mesmo CIOSP de imagens das cercanias da Ponte de Ferro, região do Coxipó, onde Maiana teria sido vista tomando banho de rio na tarde do dia em que sumiu. A polícia está selecionando os arquivos de imagens para analisá-los e tentar encontrar alguma pista da garota .

Enquanto isso, a Delegacia Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente (Dedica) estuda a instauração de um inquérito para apurar suposta exploração sexual contra Maiana. Entretanto, a polícia avisa que somente quando a adolescente for encontrada haverá uma decisão sobre se o caso exigirá um segundo inquérito – até mesmo devido à necessidade de se ouvir a versão da garota.

A polícia informou que não interromperá os trabalhos de busca da estudante durante o recesso de ano novo.

A menor desapareceu no dia 22 após sair da casa do namorado, o empresário Rogério da Silva Amorim, 38 anos, para descontar um cheque em uma agência bancária do bairro CPA, em Cuiabá. Hoje, a polícia confirmou que, a jovem foi vista pela última vez  no mesmo dia em que desapareceu, em companhia de um rapaz e um casal de amigos tomando banho de rio nas proximidades da Ponte de Ferro. Mas este rapaz não foi identificado como o namorado da adolescente, segundo testemunhas.