A investigação conduzida pela Polícia Civil para desvendar o desaparecimento da estudante Maiana Mariano, 16 anos, revelou a frieza do mandante do crime o empresário e namorado da menor Rogério Silva Amorim, 38 anos. Após encomendar a execução, foi ele mesmo quem informou a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre o desaparecimento da adolescente.

O empresário foi apontado como o mentor da armadilha que resultou na morte de Maiana. No dia 21 de dezembro do ano passado, Rogério deu um cheque de R$ 500 para a menor pagar R$ 400 a um suposto caseiro de uma chácara no Coxipó do Ouro e o restante era para Maiana comprar uma sandália.

O suposto caseiro era Paulo Ferreira, amigo do empresário, contratado pelo valor de R$ 5 mil para matar a adolescente. Quando a jovem chegou a chácara para pagá-lo, Paulo a matou asfixiada e com o auxílio de Carlos Alexandre Nunes da Silva enterraram o corpo em uma região de matagal próximo a Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro.

Rogério mantinha relacionamento amoroso com Maiana há aproximadamente um ano e em nenhum momento durante as investigações o empresário se negou a auxiliar a polícia e esteve prestando depoimento por pelo menos duas vezes, antes de ser preso.

Os familiares da jovem consentiam com o relacionamento, tanto a mãe dela, Sueli Mariano, quanto o irmão Danilo Mariano Vilela. Na época, eles chegaram  a afirmar  que mantinham um bom relacionamento com o empresário e que inclusive ele fazia ‘muito bem’ a jovem. A família desconfiava apenas da esposa de Rogério, Calisângela de Morais, 36 anos.

No dia do crime Rogério e Calisângela teriam, inclusive dormido junto em uma chácara. Na época o empresário confirmou ter passado a noite no mesmo lugar que a esposa, mas negou qualquer envolvimento e disse que esteve na chácara por causa dos filhos.

O corpo de Maiana Mariano foi encontrado na manhã desta sexta-feira (25), cinco meses após o crime, quando o executor Paulo Ferreira confessou o assassinato e apontou o local onde se encontrava a ossada da adolescente. Um Laudo pericial do IML confirmou, com 80% de certeza, que a ossada é da menor.