Olhar Direto

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Política MT

contra-ataque

PMDB de MT vê blindagem de Sérgio Cabral em convocação do governador

Líderes do PMDB de Mato Grosso avaliam como blindagem ao governador Sérgio Cabral (Rio de Janeiro) a iniciativa do deputado federal Filipe Pereira (PSC-RJ) em convocar o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, também da sigla peemedebista, para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga a relação do contraventor goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados.


Segundo o parlamentar social-cristão, escutas da Polícia Federal demonstraram que Carlinhos Cachoeira tinha interesse em assumir o controle da loteria estadual. Todavia, os peemedebistas de Mato Grosso analisam que a CPMI deveria centralizar suas atenções nas ligações de Cabral com o ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish.

O empresário e o governador fluminense mantinham relações estreitas e o governo do Rio foi um dos maiores contratantes da Delta, empresa que também detinha maior fatia de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Cavendish e Cabral foram inclusive flagrados em uma festa reservada no Hotel Ritz, em Paris, juntamente com um membro do governo do Rio de Janeiro encarregado de investigar as obras da Delta e os desembolsos para a empresa.

Na avaliação do PMDB de MT, Pereira está a serviço de Sérgio Cabral e de um pastor com quem o governador mantém um estreito vínculo. “É uma clássica cortina de fumaça. É uma tentativa de proteger e blindar o Sérgio Cabral”, avaliou uma fonte do PMDB de Mato Grosso ao Olhar Direto.

A despeito das íntimas ligações entre Cavendish e Sérgio Cabral, Felipe Pereira destaca em seu requerimento que a Delta mantém contrato de locação de viaturas para as polícias Civil e Militar de Mato Grosso e por isso justifica a convocação de Barbosa.

Consta ainda do inquérito da Polícia Federal, divulgado pelo jornal Diário de Cuiabá, que, às 08h39 de 05 de outubro de 2010, dois dias após a eleição em que Silval foi reeleito, um homem chamado Adriano teria enviado a seguinte mensagem ao argentino: “Roberto, viu o resultado no Mato Grosso? Foi reeleito o governador. E como ficou Santa Catarina agora, Paraná? Aquele encontro foi bom com o governador eleito?”, escreveu Adriano.

Em resposta, às 18h52 do mesmo dia, Coppola traça, em um texto no qual mistura português e castelhano, as metas do grupo para loterias nos três Estados, a partir do resultado das eleições. A fim de facilitar a compreensão, o Diário de Cuiabá traduziu a mensagem.

“Agora vamos implantar a loteria em Mato Grosso. Em Santa Catarina também foi bom com [o governador Raimundo] Colombo porque o presidente da loteria era o chefe da campanha de Colombo”, escreveu Coppola. “No Paraná, falei com o [governador] Beto Richa, o problema é que [o ex-governador Roberto] Requião fechou a loteria e vai demorar porque tem que fazer uma nova lei”, concluiu.

Em várias entrevistas, Silval Barbosa negou qualquer ligação com o contraventor e disse que o conteúdo das gravações feitas pela Polícia Federal não passavam de conversa de boteco.



Mais informações em instantes. Atualizada
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet