Nesta sexta-feira (10), o julgamento do mensalão entra na etapa final das defesas. O Supremo Tribunal Federal (STF) já ouviu metade das sustentações orais dos defensores dos 38 réus e começa, daqui a pouco, a última fase da exposição dos advogados, prevista para terminar na quarta-feira (15).

Julgamento do Mensalão: Acompanhe minuto a minuto as defesas, análises e bastidores

Hoje serão defendidos os dois últimos réus ligados ao PP: Breno Fischberg, sócio-proprietário da corretora Bônus-Banval, e Carlos Alberto Quaglia, dono da Natimar. Os dois são acusados de serem o elo – via próprias empresas – de sistematização e lavagem de dinheiro para o partido e também respondem por formação de quadrilha.

Depois deles, é a vez das defesas do núcleo do PL (hoje PR). Nessa parte da sustentação oral, os advogados falarão em nome do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), presidente do partido quando o mensalão veio à tona (2006) e foi reeleito deputado em 2010. Costa Neto ainda é o secretário-geral da legenda. Responde por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Por fim, os irmãos Jacinto e Antônio Lamas. Jacinto era tesoureiro do PL e teria recebido dinheiro em nome de Valdemar Costa Neto, além de participar do contratos de fachada com a empresa Garanhuns para dissimular os repasses. Responde pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Antônio Lamas assessorava a liderança do PL na Câmara dos Deputados e é acusado de participar do esquema de repasse ilegal de dinheiro ao partido, realizando um saque a favor do presidente da legenda. Nas alegações finais, o Ministério Público Federal pediu a absolvição de Lamas dos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro por falta de provas.


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