O governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) pegou carona nesta terça-feira (18) no discurso da presidente da República Dilma Rousseff e fez avaliação semelhante à dela sobre os protestos que têm acontecido em todo o país. Afirmou que os pleitos das pessoas que têm saído às ruas são justos. Ontem, mais de 200 mil pessoas participaram de manifestações.

“Nós temos que entender essas vozes que estão se levantando. Isso é a democracia. A democracia oportunizou isso. Muitas pessoas (que estão manifestando) foram inseridas na evolução da renda familiar. É normal que elas queiram mais. Nós, gestores, temos de saber ouvir e entender essas vozes e ver de que forma vamos trabalhar harmonicamente”, disse Barbosa, citando as áreas da saúde, educação e transporte.

Menos de meia hora antes da rápida entrevista do governador ao Olhar Direto, em solenidade no Palácio do Planalto, a presidente afirmou que “as manifestações comprovam a energia da nossa democracia” e que “as vozes das ruas precisam ser ouvidas”.

“Porque incluímos, porque elevamos a renda, porque ampliamos o acesso ao emprego, porque demos acesso a mais pessoas à educação, surgiram cidadãos que querem mais e que têm direito a mais”, disse Dilma.

Também a exemplo da presidente, o governador mato-grossense citou que condena vandalismo e agressões. “É importante que atos aconteçam pacificamente. Nossa equipe está acompanhando a evolução das manifestações”. 

A questão do transporte público nas regiões metropolitanas gerou mobilizações após o anúncio do aumento nas tarifas. Os manifestantes também reivindicam, por exemplo, aumento dos investimentos sociais.

O mato-grossense negou que autoridades tenham deixado de fazer discursos por conta dos manifestantes na caminhada “No clima da Copa”, realizada pela secretaria extraordinária estadual da Copa do Mundo (Secopa) no último domingo (16), em Cuiabá. “Discursos não estavam previstos”.

Em relação à possibilidade de realização de novos protestos, o peemedebista afirmou que "o governo estadual vai atuar dentro da normalidade, assim como lidou com o que ocorreu na caminhada da Secopa".  "Vamos tratar e ouvir as demandas", concluiu.