Olhar Direto

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Política MT

A VOLTA DO “TRATOR”

Pagot acusa Silval de fazer asfalto pelo triplo do preço de Maggi em Mato Grosso e cobra licenças ambientais

Foto: Ednilson Aguiar/Scom-MT

Luiz Antônio Pagot conversa com Silval Barbosa:

Luiz Antônio Pagot conversa com Silval Barbosa:


Apontado por produtores rurais, prefeitos, vereadores e dirigentes partidários pelo êxito do governo Blairo Maggi na implantação e pavimentação de rodovias, o ex-diretor geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, considera desproporcional o valor do quilômetro do asfalto, em Mato Grosso, principalmente para o Programa MT Integrado. Ele recorda que, no governo Maggi, em valores da época era cerca de R$ 275 mil o quilômetro, o que em valores atualizados representaria aproximadamente R$ 450 mil, enquanto o MT Integrado, orgulho do governador Silval Barbosa (PMDB), tem média superior a R$ 1,2 milhão, por vezes passando fácil de R$ 1,35 milhão.

No comparativo pelos números de Pagot, o asfalto de Silval custa praticamente o triplo dos valores praticados na época de Maggi. “Eu não vou falar no chute. Mas sei que desde o projeto executivo até as licenças ambientais devem estar inclusos. E, então, pergunto: onde estão as licenças ambientais de tais obras?”, argumenta Pagot, com seu questionamento, referindo-se ao MT Integrado, com R$ 1,4 bilhão para investir em rodovias. O governo estadual possui ainda R$ 475 milhões para construir pontes.


Luiz Pagot criticou a tentativa da Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana tentar comparar os valores das rodovias estaduais como os realizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), nas estradas federais. “Isso é um absurdo. Não para comparar o preço das rodovias estaduais com as federais. Nas rodovias federais, as desapropriações envolvem 100 metros de cada lado nas margens [faixa de servidão] e o material utilizado é para suportar a passagem de nove a dez mil veículos por dia”, ensina ele.

“Já nas rodovias estaduais, a faixa de servidão é de 50 metros e é construída para receber o trânsito diário de 500 a 600 carros. Utilizar as federais como parâmetro é desrespeitar a inteligência do cidadão”, argumenta Pagot.

Segundo Pagot, o governador não é culpado sozinho. "Ele possui dúzias de secretários de Estado. E dúzias de secrta´rios adjuntos que não tomam providências para ajudar o goverandor", afirma ele, em tom de denúncia.


Pagot aproveitou também para criticar e lamentar o abandono das parcerias público-privadas no segmento, formadas no governo Maggi, batizadas nacionalmente de ‘PPPs caipiras’, servindo de parâmetros para outros estados da Federação.

“Elas [as PPPs] eram fundamentais para pavimentação e manutenção das rodovias que atendem áreas de produção. Por isso, com poucos recurso Blairo Maggi fez muito”, recorda Luiz Pagot, que recebeu do trade do agronegócio o nada convencional apelido de ‘Trator’.

“Mais de 80% das nossas rodovias [de Maggi] ficaram abaixo do valor de mercado,na época”, emenda ele.


Atoleiros nas águas

Luiz Antônio Pagot criticou duramente o fato de o governador Silval Barbosa não ter determinado à sua equipe a execução de um plano de manutenção e restauração das rodovias estaduais, como forma de prevenir o caos durante o período de chuvas torrenciais, que normalmente começam em fins de outubro e início de novembro. “Nas chuvas, infelizmente, a tendência é se repetir a tragédia deste ano: todas as estradas sofrendo com atoleiros devido às chuvas, atrapalhando a economia, principalmente o escoamento da safra de grãos”, criticou o ‘Trator’ Pagot.




A situação das estradas estaduais estão abandonadas e entregues ao descaso, segundo ele. “Quase todas rodovias de asfalto e de terra batida encontram-se esburacadas. Nas chuvas, ficarão cheias de lama devido à falta de manutenção. O governo prometeu o asfalto e não fez nada”, lamentou ele.

Luis Antônio Pagot enfatiza que a precariedade das estradas é muito ruim para Mato Grosso e culpa Silval Barbosa de falta de planejamento. “Não se pode pensar apenas em coisas ‘imediatistas’. É preciso planejar o futuro”, ensina Antônio Pagot, homem de confiança de Maggi, que é padrinho político de Silval Barbosa.

A reportagem do Olhar Direto tentou insistentemente contatar o governador, mas não obteve êxito.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet